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janeiro 19, 2017

A natureza como inspiração nas obras de Anna Dittmann

| Arquivado em: ARTE 

Oie pessoas =)

Faz uma semana que o blog voltou de férias e eu ainda não vim aqui conversar com vocês. Que blogueira mais displicente, gente! Mas verdade seja dita, para evitar começar o ano na correria aproveitei meus dias de folga para deixar algumas postagens prontas, e por isso ainda não tinha vindo papear um pouquinho aqui ().
The Candor of the Rose
Como vocês passaram de fim de ano? E quais as metas para 2017? Eu confesso que ainda não parei direito para pensar sobre isso (...).  Claro que tenho algumas metas, porém o que mais quero que esse ano seja mais tranquilo e que me dê mais razões para rir do que chorar. E foi exatamente quando essa que vos escreve estava refletindo sobre tudo o que aconteceu, ou deixou de acontecer é que me deparei com uma ilustração maravilhosa no meu feed de notícias do Facebook.

Anna Dittmann é uma ilustradora digital de São Francisco que atualmente mora na Escócia. Graduada em Arte e Design pela Universidade de Savannah e conhecida como escume no deviantArt a jovem de vinte e três anos é uma apaixonada por retratos e tem como  principal inspiração para os seus trabalhos elementos orgânicos e naturais.

O que mais em encantou nas obras da Anna foi justamente a forma como a natureza está fortemente presente nele. Além disso, o modo como ela trabalha cada elemento dá as ilustrações um toque místico cheio de beleza e movimento.  As cores são suaves mesmo quando ela trabalha com tons mais escuros. Outro ponto que chama bastante atenção em suas ilustrações é que elas são muito expressivas. E as fanarts dela são maravilhosas também.

Algumas Obras:
Guardian
August
December
Catching Fire
Shield Maiden
Pooch
Na galeria da Anna Dittmann no deviantArt vocês vão encontrar todos os trabalhos da Coleção Anno.  Foi bem difícil selecionar só dois trabalhos para esse post, pois a coleção como as outras ilustrações da artista são lindas.

Confesso que a Guardian é uma das minhas favoritas, mas como ando em uma fase "floral" por assim dizer, fico em dúvida se gosto mais dela da August ou The Candor of the Rose. E essa Pooch, gente? Uma graça *-*

No final do post estou deixando todos os links de onde encontrar mais trabalhos da Anna Dittmann e conhecer um pouquinho mais sobre essa jovem e talentosa ilustradora. Espero que tenham gostado do primeiro post de Arte de 2017, e não deixem de compartilhar nos comentários qual dessas obras vocês gostaram mais ().

Beijos e até o próximo post ;***

+ Anna Dittmann.

janeiro 16, 2017

E Viveram Felizes para Sempre por Julia Quinn

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580416374
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 256
Classificação:
Sinopse: Os Bridgertons – Livro 09.
Alguns finais são apenas o começo...
Era uma vez uma família criada por uma autora de romances históricos...


Mas não era uma família comum. Oito irmãos e irmãs, seus maridos e esposas, filhos e filhas, sobrinhas e sobrinhos, além de uma irresistível matriarca. Esses são os Bridgertons: mais que uma família, uma força da natureza. Ao longo de oito romances que foram sucesso de vendas, os leitores riram, choraram e se apaixonaram. Só que eles queriam mais. Então começaram a questionar a autora: O que aconteceu depois? Simon leu as cartas deixadas pelo pai? Francesca e Michael tiveram filhos? O que foi feito dos terríveis enteados de Eloise? Hyacinth finalmente encontrou os diamantes? A última página de um livro realmente tem que ser o fim da história? Julia Quinn acha que não e, em E viveram felizes para sempre, oferece oito epílogos extras, todos sensuais, engraçados e reconfortantes, e responde aos anseios dos leitores trazendo, ainda, um drama inesperado, um final feliz para um personagem muito merecedor e um delicioso conto no qual ficamos conhecendo melhor ninguém menos que a sábia e espirituosa matriarca Violet Bridgerton. Veja como tudo começou e descubra o que veio depois do fim desta série que encantou leitores no mundo inteiro.

Quem leu a minha resenha de A Caminho do Altar deve se lembrar de como terminei a leitura decepcionada. Ao longo dos últimos anos acompanhado, a saga dessa família maravilhosa que aprendi a amar, eu realmente esperava aquele “algo a mais”. Por esse motivo, adorei me reencontrar com cada um dos Bridgertons nessa coletânea de epílogos e descobrir o que aconteceu com os meus casais favoritos depois da última página. Foi delicioso reencontrar com os personagens e com a escrita da Julia Quinn, nesse livro que se tornou um dos meus favoritos da série.

Não vou entrar em muitos detalhes sobre cada epílogo individualmente por que senão corro  risco de dar algum spoiler e também deixar a resenha muito extensa. 

Confesso que ao pegar E Viveram Felizes para Sempre para me fazer companhia no dia de Natal, senti um misto de expectativa e receio. Expectativa para saber o que a autora Julia Quinn tinha preparado e medo de acabar me decepcionando com o que encontraria. Porém para minha surpresa fiquei tão envolvida com a leitura que passei o dia todo como os Bridgertons (). Claro que assim como aconteceu com os livros anteriores gostei mais de algumas histórias do que de outras. Mas não há como negar que senti uma vontade imensa de reler a série inteira conforme fui lendo esse livro.

Foi encantador reencontrar com a Daphne e com o Simon, na verdade nem tinha me dado conta de como senti falta deles até reencontra-los aqui. O Colin () como sempre rouba a cena sempre que aparece, apesar de continuar achando tanto o livro solo dele assim como o seu segundo epílogo ficou um pouco “abaixo” do potencial do personagem. Sophie e Benedict continuam sendo meu casal favorito, mas adorei a forma como a autora acabou deixando eles em “segundo plano” dando aos leitores a oportunidade de conhecer melhor outro personagem que foi tão importante para o final feliz dos dois.

O mesmo acontece no epílogo da Eloise que junto com a Francesca foram as personagens mais “esquecidas” na série em minha humilde opinião. Achei interessante a mudança de foco e estilo que a Julia Quinn deu ao narrar os novos acontecimentos de Para Sir Phillip, Com Amor. E fiquei ainda mais emocionada com o final feliz da Francesca e do Michael. Já Hyacinth e Gareth protagonizam cenas cheias de paixão e cumplicidade. Muito amor esses dois viu ().

Os segundos epílogos que menos gostei por assim dizer foi o do Anthony com a Kate, por que não achei que ele de fato trouxe algo novo. E como peguei birra com A Caminho do Altar, (por que sou dessas) mesmo a narrativa tendo uma carga dramática forte, ela não chegou a me emocionar completamente.  Só que sem sombra de dúvidas a história mais linda é a da querida Violet Bridgerton. Foi incrível conhecer um pouco mais dessa personagem que ao longo da série conquistou um espaço especial não somente na história como no meu coração. Como não amar Violet Bridgerton? Digo que é impossível, - apenas.

E Viveram Felizes para Sempre é um presente maravilhoso que a autora Julia Quinn deu para seus leitores e fãs da série Os Bridgertons. Embora ele não vá acrescentar muita coisa às histórias que já conhecemos, ele é uma opção perfeita e nostálgica de nos reencontrarmos com personagens queridos. Esse é aquele típico livro que escorre açúcar de todas as páginas de tão doces, leves e emocionantes que são suas histórias, ou quase todas elas.

 “Como disse, não foi amor à primeira vista, já que não acredito nessas coisas. Não foi à primeira vista, na verdade, mas havia algo... uma identificação... um senso de humor. Não sei ao certo como descrever.”

Me despeço por hora dos Bridgertons com um enorme sorriso no rosto e com o coração quentinho. Para quem assim como essa que vos escreve já se sente parte da família, vai se encantar com esse tempinho a mais que passará com eles ().

O Conde Enfeitiçado.
Um Beijo Inesquecível.
A Caminho do Altar.

janeiro 11, 2017

O Agora

| Arquivado em: CRÔNICAS & POESIAS

imagem: Shutterstock


Vivemos uma ilusão constante que teremos o amanhã ...

Deixamos tudo o que podemos fazer para depois, evitamos até dizer realmente como e o que sentimos. Mas esse amanhã que tanto esperamos pode ser tarde demais, para as palavras que precisam ser ditas. E elas acabam sendo carregadas pelo tempo que perdemos.

As lágrimas que não permitimos cair,
Os sorrisos que guardamos,
Os beijos e abraços que não damos.

A certeza que sempre vamos ter tempo enquanto ele simplesmente passa por nós.
Não enxergamos que tudo o temos é o agora, uma frágil ponte que nos separa.

Do passado e de tudo que deixamos para depois.
Do futuro e da felicidade que acreditamos que só o amanhã nos reserva.

A vida é breve como um sopro.
Um momento, um segundo pode mudar tudo.
O amanhã pode ser tarde demais para se permitir a amar, para perdoar e aproveitar esse presente.

Ele é tudo o que temos.
Viva o agora!
Intensamente ...

texto escrito por: Ariane Gisele Reis.  ©  Todos os Direitos Reservados.

dezembro 30, 2016

Retrospectiva Literária 2016

| Arquivado em: CAFÉ LITERÁRIO.

Olá pessoas!

E eis que chegou o último post do ano aqui do My Dear Library. E que ano foi esse senhor 2016 heim? Mas esse post é para falar de coisas boas, e nada melhor do que no fim de ano fazer uma retrospectiva de tudo de legal e não tão legal assim que aconteceu.

Há sete anos participo da Retrospectiva Literária organizada pela querida Angélica do  Pensamento Tangencial. E devo confessar para vocês que esse é um dos meus post favoritos do ano (). É uma delicia recordar de todos os livros que li e de histórias e personagens que mesmo que por poucos dias fizeram parte da minha vida.

Embora 2016 não tenha sido aquele ano de “grandes leituras”, me deparei com histórias incríveis e personagens cativantes que me fizeram rir e chorar com e por eles. Esse ano novamente fiquei em dúvida e sei que corro o risco de ser injusta com um livro ou outro. Faz parte, não é mesmo?

Mas agora chegou o grande momento de vocês conhecerem os melhores livros de 2016 para essa blogueira que vos escreve. Preparados? Confere ai!

1 O romance que me fez suspirar:
- Li romances maravilhosos esse ano, porém Volta para Mim da Mila Gray foi aquele que mais me encantou. A autora soube criar uma história em que romance e drama se mesclam perfeitamente. Um livro simplesmente lindo e apaixonante.

2
A saga que me conquistou:
- É aquela velha história de todo ano. Eu tentando fugir de sagas e séries, mas elas sempre dando um jeitinho de me conquistar. Esse ano as que mais me cativaram foram a A Rebelde do Deserto da Alwyn Hamilton e Amores Improváveis da Elle Kennedy.

O livro que me fez refletir:
- Amor Amargo da Jennifer Brown foi um livro que me marcou muito em 2016. Durante a leitura eu senti dor, desespero e muita raiva, e tudo isso junto ao mesmo tempo. Foi uma leitura dolorosa e difícil pelo contexto em que a personagem principal está inserida. Mas ao mesmo tempo ele é aquele tipo de livro que nos leva a refletir sobre nossos próprios relacionamentos e como no dia a dia conduzimos algumas situações.

4 O livro que me fez rir:
- Sem sombra de dúvidas foi Ninguém Vira Adulto de Verdade da Sarah Andersen. Quem ainda não leu precisa ler antes ele tipo antes de 2017 para começar o ano que o pé direito já.

5 O livro que me fez chorar:
- Esse ano por incrível que parece estive menos chorona com as minhas leituras. Posso contar nos dedos os livros que me levaram as lágrimas e um dele foi O Livro de Memórias da Lara Avery. Acompanhar a história da Sammie é ao mesmo tempo lindo e doloroso.

6 O melhor livro de fantasia:
- Também não li muita fantasia esse ano. Como mencionei no começo do post 2016 foi “o ano”. Mas das fantasias que li a que me conquistou foi o Meio Rei do Joe Abercrombie. Gostei da trama, da forma como o autor buscou fugir dos padrões do gênero e principalmente dos diálogos. Pensem em um livro recheado de diálogos inteligentes e um protagonista sarcástico. É esse!

7 O livro que me decepcionou:
- É chato falar de decepção, mas é preciso. Não é um livro, embora tenha lido um e outro que poderia estar aqui. A minha escolha foi baseada no meu grau de decepção com a Trilogia Os Números da Sarah MacLean. Eu sei que o último livro ainda não foi lançado e que ele pode “salvar” a trilogia. Porém por tudo o que tinha lido e ouvido falar dos livros da Sarah MacLean, eu esperava mais. Na verdade esperava muito mais e acabei me decepcionando bastante com o que encontrei. Uma pena (...).

8 O livro que me surpreendeu:
- Quando Três Coisas Sobre Você da Julie Buxbaum foi lançando ele não chamou muito a minha atenção. Só que depois de ler tanta resenha positiva, resolvi dar uma chance ao livro e acabei me surpreendendo com uma história muito fofa *-*.

9 O (a) personagem do ano:
- O Quarto da Emma Donoghue foi uma leitura bem intensa, talvez a mais intensa que tive esse ano. E pelo fato de toda história ser mostrada através do olhar de uma criança, o pequeno Jack é sim, ao menos para essa blogueira o personagem do ano.

10 A frase que não saiu da minha cabeça:
“Tentamos tanto esconder tudo o que estamos realmente sentindo daqueles que provavelmente mais precisam saber os nossos verdadeiros sentimentos.”Talvez Um Dia. (Colleen Hoover).

11 O casal perfeito:
- Essa foi a categoria mais difícil de decidir esse ano, por que passaram pelo blog muitos casais inesquecíveis. Só que por tudo o que eles passaram e por se permitir a amar e se amados novamente o prêmio casal MDL2016 vai para a Elizabeth e Tristan Cole de O Ar que Ele Respira.

12 O (a) autor (a) revelação:
- Mesmo com pequenos detalhes que me incomodaram durante a leitura e de sentir que o final foi bem corrido, Boa Noite da Pam Gonçalves acabou se revelando uma ótima surpresa esse ano. Sem dúvidas um começo bem promissor para a autora.

13 O melhor livro nacional:
- Esse ano consegui ler mais livros nacionais. (Ouviram um amém?). E de todos o que se tornou o meu favorito não só entre os nacionais, mas no ano é o Quando Amor Bater à sua Porta da Samanta Holtz.

14 O melhor livro que li em 2016:
- Como comentei logo no começo do post, esse ano não tive “grandes leituras”. Li livros maravilhosos, mas senti falta daquela historia que me arrebatasse por completo. Tenho a sensação que conforme o tempo passa mais exigente aka chata fico em relação aos livros que leio. Mas se teve um livro que conquistou um lugarzinho especial em meu coração foi O Ar que Ele Respira da Brittainy C. Cherry ().

15
Li em 2016:
- Minha meta era de 50 livros, mas acabei lendo 63. Li 12 livros a mais em relação ao ano passado. Porém somando os mangás que li esse ano o total dá 70 ;).

16 A minha meta literária para 2017 é:
- A mesma de todos os anos, 50 livros até por que eu prezo mais a qualidade de que quantidade. Prefiro ler menos, mas encontrar histórias que sejam marcantes e emocionantes do que ler muitos livros e encontrar o mais do mesmo.

E vocês? Compartilhe nos comentários quais os livros mais marcantes de 2016 e quais as metas literárias para 2017 =D

Quero agradecer imensamente a cada um de vocês por tornarem o meu ano mais suportável. Esse foi um ano bem difícil em todos os sentidos em minha vida e mesmo que em algumas semanas eu tenha ficado mais “ausente” daqui. Saber que vocês estavam ai do outro lado me deu razões e motivos para continuar vindo aqui. Meu muito obrigada de !

Desejo a todos um maravilhoso 2017! Que seja um ano mais tranquilo e repleto de muito trabalho e luz para todos. E principalmente um ano de paz, menos intolerância e de sonhos realizados.

Lá vamos nós rumo ao sétimo  ano do My Dear Library ()!

Beijos e até o próximo post ;***

ps: O blog, ou melhor dizendo essa blogueira aqui vai tirar duas semanas de férias. Afinal todo mundo precisa recarregar as baterias depois desse 2016 tão tenso. Vejo vocês em breve ().

dezembro 26, 2016

Três Vezes Nós por Laura Barnett

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788581638379
Editora: Novo Conceito
Ano de Lançamento: 2016
Número de páginas: 384
Classificação: Bom
Sinopse: Uma jovem mulher com uma bicicleta quebrada após desviar de um cão. Um homem que ela poderia facilmente ter deixado passar, sem parar, levando consigo uma vida inteira, uma vida que poderia nunca ter sido dela. Eva Edelstein está no segundo ano do curso de Inglês na Universidade de Cambridge. Ela namora David Katz, estudante e aspirante a ator. A vida de Eva parece bem encaminhada, quando, no campus da universidade, ela conhece acidentalmente Jim Taylor, estudante frustrado de direito. Há três versões, três realidades diferentes para o futuro de Eva e Jim, dos anos 1950 até os dias atuais. Se o nosso futuro é uma encruzilhada, gostaríamos de saber qual caminho seguir? E depois, ficaríamos felizes com a nossa escolha? Três vidas. Três histórias. Três destinos... permeados com traições e ambições, mas também com amor e arte. Três vezes nós explora a ideia de que há momentos em nossas vidas que poderiam ter sido diferentes e como pequenos fatos ou decisões que tomamos podem determinar o rumo da nossa vida para sempre.

Assim que li a premissa  de Três Vezes Nós da Laura Barnett me vi bastante curiosa. Afinal sempre gostei de histórias que abordam o “destino” como peça fundamental da trama.  Porém, depois de um começo promissor a narrativa acabou ficando confusa e caindo um pouco em clichês óbvios. Dividido em três versões diferentes, Três Vezes Nós nos insere na vida de seus personagens, nos mostrando com uma simples escolha pode mudar tudo.

Primeira Versão: Cambridge, outubro de 1958.
Eva Edelstein está atrasada para entregar um trabalho importante quando sofre um pequeno acidente de bicicleta na Universidade.  Era para ser um dia como qualquer outro para o estudante de Direito Jim Taylor e ele podia ter ignorado por completo a garota com sua a bicicleta e  seguindo em frente, porém algo o fez parar e ajuda-la.  Eva namora com David, um jovem ator em ascensão. Porém logo o relacionamento deles entra em crise, por conta do envolvimento de Eva com Jim.

Segunda Versão: Cambridge, outubro de 1958.
Eva Edelstein sofre um acidente de bicicleta a caminho e uma aula importante.  Jim Taylor que presencia toda a cena se oferece para ajudar, mas depois de uma breve troca de palavras cada um segue seu destino. Eva e David se casam e Jim conhece Helena.  Porém apesar de seguirem vidas separadas ocasionalmente o destino coloca Eva e Jim no mesmo lugar.

Terceira Versão: Cambridge, outubro de 1958.
Jim Taylor está a caminho, ou melhor, pensando em fugir de uma de suas aulas quando vê Eva Edelstein sofrer uma queda de bicicleta. Ele decide parar e ajudar a moça e depois de uma breve conversa a convida para ir a um Pub próximo as redondezas da Universidade. Eva aceita e pouco tempo depois ela termina o seu relacionamento com David, um jovem e promissor ator. Mas o romance de Eva e Jim dura pouco e logo ambos partem para seguir caminhos opostos.

Acho que deu para entender mais ou menos a parte "confusa" da história não é mesmo?  Acredito que se tivesse pegado para ler cada versão individualmente e não intercaladas como li, teria me envolvido mais com a história. Tipo não é que eu não tenha gostado do que encontrei em Três Vezes Nós. De verdade achei bem interessante o modo como a autora criou a partir de um momento trivial, situações e caminhos diferentes para os personagens.

Os personagens são carismáticos embora eu confesse que em uma das versões algumas atitudes do Jim me deixaram com um pouco de raiva. Gostei do modo com a autora construiu a personalidade da Eva. Aqui temos uma protagonista forte e em todas as versões da história o que certa forma dá a entender que a Eva é o tipo de pessoa que mesmo não fazendo as “melhores” escolhas aceita o destino e tenta fazer o possível para ser feliz.

Acredito que o ponto chave em Três Vezes Nós é essa reflexão que a Laura Barnett leva o leitor a fazer sobre as próprias escolhas e principalmente como uma decisão simples pode alterar tudo. É algo que no dia a dia ninguém se dá conta. Tipo do por que peguei ônibus x se sempre pego o y, ou por que resolvi ir por outro caminho e até mesmo a situação mais comum, decidir trocar de sapato na hora de sair. Não pensamos que essas pequenas escolhas, decisões podem ter sido geradas por algo maior como o “destino”.

Três Vezes Nós é uma leitura ao mesmo tempo simples e complexa. Simples por retratar pessoas comuns seguindo com seus sonhos, esperanças e arrependimentos. E complexa pela forma como a Laura Barnett optou por estrutura-la.  Além disso, me incomodou um pouco o fato dela acabar sendo meio óbvia em determinados momentos, me deixando com aquela velha sensação nada agradável de ficou faltando alguma coisa (...).

“Talvez seja assim que o amor sempre chega, escreveu ela em seu diário, nessa transição imperceptível de amizade para a intimidade.”

Para quem busca uma leitura diferente e que retrata a vida com muita delicadeza e fidelidade Três Vezes Nós se mostra como uma boa opção, em especial para pessoas que acreditam no poder do destino. Porém vai uma dica, - leia uma versão por vez, assim a história pode parecer mais cativante e menos confusa.

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