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junho 08, 2015

A Lista por Cecelia Ahern

| Arquivado em: Resenhas.

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cortesia para resenha.
ISBN: 9788581636832
Editora: Novo Conceito
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 384
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Kitty Logan tem 32 anos e aos poucos está perdendo tudo o que conquistou: sua carreira está arruinada; seu namorado a deixou sem um motivo aparente; seu melhor amigo está decepcionado com ela; e o principal: sua confidente e mentora está gravemente doente. Antes de morrer, Constance deixa um mistério nas mãos de Kitty que pode ser a chave para sua mudança de vida: uma relação de nomes de pessoas desconhecidas. É com base neles que Kitty deverá escrever a melhor matéria de sua carreira. Quando começa a ouvir o que aquelas pessoas têm a dizer, Kitty aos poucos descobre as conexões entre suas histórias de vida e compreende por que foi escolhida para dar voz a elas.
Alguns livros chegam arrebatadores e nos conquistam logo nas primeiras páginas, enquanto outros chegam de mansinho, cativando ao poucos para no final nos presentear com uma linda história. A Lista da autora Cecelia Ahern é um desses livros, que nos envolve aos poucos e quando nos damos contas já estamos completamente encantados.

Acredito que não preciso entrar em muitos detalhes do que se trata a história, visto que a sinopse já “antecipa” algumas coisas importantes. Por isso nessa resenha, vou dividir com vocês apenas as impressões que tive durante a minha leitura.

Confesso que até o capitulo dezesseis fiquei com aquela duvida se gostaria ou não do livro. A narrativa aqui é como um grande quebra-cabeça, em que você só consegue vislumbrar toda a beleza da obra quando a conclusão está próxima.  O fato de a Kitty ser uma personagem um tanto “peculiar” também não ajuda muito você se apaixonar a primeira vista pela história. Em determinadas situações o comportamento da protagonista chega a ser egoísta e imaturo. O que me fez pensar em diversos momentos que de certa forma ela “merecia” estar passando por todas aquelas dificuldades. 

Porém, A Lista não é somente uma história sobre Kitty Logan.  Conforme ela vai encontrando as pessoas da relação que Constance deixou, sua história se mescla com a desses desconhecidos, fazendo com que ela se torne uma mera coadjuvante. São todas pessoas simples que não tinha nada em comum, mas que por de traz de sua simplicidade escondiam histórias especiais.  Narrativas cheias de sonhos, segredos, medos, decepções e conquistas.

E foi por esse pequeno detalhe que a história acabou me cativou tanto. Pois ela nos mostra de uma forma muito singela o quanto tudo e todos nós estamos de alguma forma conectados. Cecelia Ahern construiu uma trama que evolui aos poucos, e que no decorrer de cada capítulo nos leva a refletir sobre a nossa própria vida. Esse é aquele tipo de livro que faz com que repensemos as nossas escolhas e acima de tudo, e que nos leva a ser perguntar até que ponto nós somos capazes de perdoar o próximo e principalmente a si próprio.

E mesmo que no principio a Kitty não tenha conquistado a minha simpatia, conforme a narrativa foi evoluindo, comecei a torcer de verdade para que tudo acabasse bem para ela no final. Por que, A Lista nos fala justamente de pessoas reais. De pessoas com eu, você e a Kitty, com seus defeitos e qualidades, cada uma tentando a sua maneira sobreviver e encontrar um pouco de felicidade no mundo.

Talvez esse não seja o melhor livro que você vá ler na sua vida. E sim, - o começo é um lento e mil perguntas vão se passar pela sua cabeça. Mas, eu garanto que se você der uma oportunidade e abrir o seu coração, vai muito valer a pena.

“Todo indivíduo em qualquer parte do mundo tem uma história extraordinária para contar. Talvez pensemos que somos pessoas comuns, que nossa vida é entediante (...). Mas a verdade é que todos nós fazemos coisas fascinantes, admiráveis e das quais deveríamos sentir orgulho”.

Com uma delicadeza incrível Cecelia Ahern teceu os fios de uma história que poderia ser de qualquer um de nós. Com seus bons e maus momentos, mas de uma beleza única. Recomendo!

abril 19, 2015

A Mais Pura Verdade por Dan Gemeinhart

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788581636337
Editora: Novo Conceito
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 224
Classificação: Ótimo
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.
Sinopse: Em todos os sentidos que interessam, Mark é uma criança normal. Ele tem um cachorro chamado Beau e uma grande amiga, Jessie. Ele gosta de fotografar e de escrever haicais em seu caderno. Seu sonho é um dia escalar uma montanha. Mas, em certo sentido um sentido muito importante, Mark não tem nada a ver com as outras crianças. Mark está doente. O tipo de doença que tem a ver com hospital. Tratamento. O tipo de doença da qual algumas pessoas nunca melhoram. Então, Mark foge. Ele sai de casa com sua máquina fotográfica, seu caderno, seu cachorro e um plano. Um plano para alcançar o topo do Monte Rainier. Nem que seja a última coisa que ele faça.

Desde que li a prévia de A Mais Pura Verdade, percebi que a simples história de um garotinho e seu cão iria me emocionar muito. Por esse motivo adiei o máximo que pude a leitura, com a esperança que quando chegasse o momento de ler o livro até o final, meu coração estivesse mais preparado. O que se mostrou um grande engano, pois mesmo que eu esperasse mil anos para ler esse livro, meu coração de forma alguma estaria suficientemente preparado(...).

A sinopse entrega bem do que se trata a história, e claro que quando a lemos vários livros no mesmo estilo nos vêm à cabeça. Mas, embora tudo a principio pareça muito igual, há algo que tornar A Mais Pura Verdade diferente e especial. Talvez seja o fato da narrativa ser focada em uma criança cujo único objetivo é realizar um sonho. Ou pode ser que a combinação de criança doente e cãozinho fofo seja a “receita infalível” para partir corações. Só que a verdade, é que esse livro não fala de perdas e das coisas que elas nos fazem deixar para trás.  Essa história acima de tudo nos fala de fé, de persistência e de amizade.

Dan Gemeinhart usou os elementos certos para criar um enredo angustiante e emocionante. Por que sim, em muitos momentos sofri por Mark e Beau e desejei que fosse possível ajudá-los de alguma maneira. Porém, apesar do “clichê certo”, esse é um livro que surpreende por mostrar que por mais grave que seja o problema ou a situação nunca devemos desistir de nossos sonhos. Gemeinhart através de uma narrativa despretensiosa e sincera nos ensina que esperar o pior só torna tudo mais difícil. E principalmente que a vida seria mais simples se enxergássemos o mundo com a mesma coragem e inocência que as crianças enxergam.  Por que se pararmos para pensar, vamos perceber que conforme vamos envelhecendo, perdemos a coragem de explorar o mundo e de viver de forma plena.

Conforme envelhecemos passamos a nos esconder de tudo de nós mesmo. Vemos o mundo com um lugar sombrio e perigoso e com isso deixamos passar momentos que poderiam ser únicos. Claro que nem todos os dias serão bons, e assim como Mark e Beau enfrentaram inúmeros desafios para realizar um sonho, nós também precisamos correr riscos. Não importa se ao final da jornada sairemos vitoriosos ou não. Pois o importante é que tentamos, e chegar ao topo é um mero detalhe quando toda a aventura está na subida.

Mark e Beau são personagens que conquistam um lugar especial em nossos corações logo nas primeiras páginas. E lá ficaram por um bom tempo, por que assim como sua história são inesquecíveis. Chorei sim e muito, mas não de tristeza.  Seria até uma “falta” de consideração da minha parte para com o Mark e Beau ficar triste quando eles me ensinaram tanto. Quando eles me fizeram recordar de todos os meus sonhos que por julgar impossíveis deixei para trás. E principalmente por eles mostrarem que nada em nossa vida é mais valioso do que o amor. O amor que damos e recebemos.  O amor que nos dá coragem e nos mantém vivos. O amor que nós faz ter fé e acreditar.

Por que fé não remove montanhas, e sim nos mantém firme e incentiva a seguir em frente sempre. Essa é a mais pura verdade.

“ Eu não disse nada. De vez em quando, mesmo as respostas certas parecem erradas, se você não gosta da pergunta.”

Essa não é a simples história de um menino doente que um dia fugiu de casa com o seu cão para escalar uma montanha. E sim história de um muito menino especial e de seu melhor amigo, que mesmo quando tudo parecia dar errado não desistiu de seu objetivo, - viver.

março 01, 2015

A Mais Pura Verdade – Primeiras Impressões

| Arquivado em: Na Livraria.

Olá leitores, bom dia!

Recebi recentemente da Editora Novo Conceito, uma prévia do livro A Mais Pura Verdade do autor Dan Gemeinhart. E bem, bastaram alguns capítulos para que essa que vos escreve, percebe que tinha em suas mãos uma história especial.

Não vou postar aqui a sinopse e também não vou contar do que se trata à narrativa. Porém posso afirmar que estou preparando o meu coração por que sei que ele vai precisar ser forte. Principalmente por que já pressinto que vou me emocionar muito com a trajetória de Mark e seu fiel amigo, Beau.

“É como se, sei lá, eu levasse um pedaço de vida comigo. Todas as coisas acontecem, todos esses pequenos momentos passam por nós e vão embora. Então você vai embora...”



A Mais Pura Verdade será lançado no dia 23 de março. Mal posso esperar para escalar essa montanha com vocês rapazes, e saber com a nossa aventura termina.

Beijos um ótimo domingo e até o próximo post ;***

fevereiro 05, 2015

Simplesmente Acontece por Cecelia Ahern

| Arquivado em: Resenhas.

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ISBN: 9788581635453
Editora: Novo Conceito
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 448
Classificação: Ótimo
Sinopse: O que acontece quando duas pessoas que foram feitas uma para outra simplesmente não conseguem ficar juntas? Todo mundo acha que Rosie e Alex nasceram para ser um casal. Todo mundo menos eles mesmos. Grandes amigos desde criança, eles se separaram na adolescência, quando Alex se mudou com sua família para os Estados Unidos. Os dois não conseguiram mais se encontrar, mas, através dos anos, a amizade foi mantida através de emails e cartas. Mesmo sofrendo com a distância, os dois aprenderam a viver um sem o outro. Só que o destino gosta de se divertir, e já mostrou que a história deles não termina assim, de maneira tão simples.

Confesso que após a leitura de P.S Eu te Amo da Cecelia Ahern ter sido digamos, uma leve decepção acabei ficando com receio de ler os demais livros da autora (me julguem). Porém, como senti meio que um certo amor à primeira vista quando assisti o trailer de Simplesmente Acontece, resolvi dar uma segunda chance para a autora. E não é que me surpreendi? Que história mais gracinha gente! Fiquei completamente apaixonada ().

Rosie Dunne e Alex Stewart são inseparáveis desde sempre. Porém quis a vida pregar uma peça nos dois, quando repentinamente o pai de Alex consegue o emprego dos sonhos forçando a família a se mudar para os Estados Unidos. Mas mesmo tendo um oceano entre eles, a amizade de Rosie e Alex se manteve forte, como se o fato de cada um morar em um país diferente fosse meramente um pequeno detalhe.

Através de cartas, emails e mensagens de textos cada um vai acompanhado os percalços da vida do outro. Rosie e Alex aprendem a lidar com a distância, pois eles contam com o apoio um do outro, - sempre ou quase sempre.  Só que existiam muitas coisas não ditas entre os dois, e conforme os anos se passavam coloca-las em voz alta ficava mais complicado. Conforme o tempo passa, eles finalmente entendem que coisas mais importantes de nossas vidas, não são ditas com palavras. Às vezes você precisa parar por alguns instantes e ouvir o silêncio.

Acredito que já deu para perceber que tenho um carinho especial por livros que são narrados através de cartas, emails e coisas do tipo. Por mais que a história não tenha diálogos propriamente ditos, quando o autor consegue trabalhar bem essa dinâmica de troca de mensagens a trama pelo menos em minha opinião fica mais especial. Em Simplesmente Acontece à autora Cecelia Ahern, consegue passar a cada novo email, carta ou uma simples mensagem todos os sentimentos de seus personagens.  Senti em vários momentos que aquelas mensagens eram destinadas a mim, por que algumas situações vividas tanto pela Rosie como pelo Alex são comuns e pessoais demais. Você pode até não se identificar com a história toda em si, mas em algumas passagens é impossível não ficar um pouco nostálgico.

Fazia muito tempo que não sentia tanta empatia por uma personagem, como eu senti pela Rosie. Só não marquei o livro como favorito por conta dos momentos de raiva que passei. Sério, sei que a vida nem sempre é “justa”, mas meu coração ficou partido várias vezes durante a leitura.  Chorei por tudo que dava errado e por tudo dava certo. Era como se eu tivesse em uma montanha russa de emoções. A cada novo capítulo, a cada nova mensagem era um sentimento novo.

Cecelia Ahern escreveu uma história tão linda, que quando finalizei a leitura fiquei me perguntando como será que a Rosie e o Alex estão hoje. Ficou um vazio sabe? Acompanhei cinquenta anos da vida deles, os conheço melhor do que algumas pessoas próximas e eles “partem” se ao mesmo me dizer um até logo (...). Ainda estou me recuperando dessa não despedida (suspiros).

“... espere pelo inesperado pelo menos uma vez. Talvez desta vez você não sofra um choque tão grande quando vir que as coisas não aconteceram do jeito que você esperava.”

Com personagens cativantes, Cecelia Ahern presenteia o leitor com uma história divertida e emocionante, que nos leva a refletir a importância de aproveitar cada oportunidade que temos na vida. Afinal, ela é uma sucessão de maus e bons momentos que, -“simplesmente acontecem”. Recomendo!

dezembro 08, 2014

Para onde ela foi por Gayle Forman

ISBN: 9788581635675
Editora: Novo Conceito
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 240
Classificação: Muito Bom
Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.








Sinopse: If I Stay - Livro 02.
Meu primeiro impulso não é agarrá-la nem beijá-la. Eu só quero tocar sua bochecha, ainda corada pela apresentação desta noite. Eu quero atravessar o espaço que nos separa, medido em passos não em milhas, não em continentes, não em anos , e acariciar seu rosto com um dedo calejado. Mas eu não posso tocá-la. Esse é um privilégio que me foi tirado. Com a mesma força dramática de Se Eu Ficar, agora pela voz de Adam, Para Onde Ela Foi expõe o desalento da perda, a promessa da esperança e a chama do amor que renasce.

Confesso que comecei a leitura desse livro completamente desacreditada, que a narrativa da autora Gayle Forman conseguisse me emocionar. Porém, depois daquele final cretino de Se eu Ficar, essa que vos escreve precisava de respostas. E foi atrás delas que resolvi me aventurar e dar mais uma chance para que a história de Mia e Adam me conquista-se. O que posso dizer, - adoro quando mordo a língua e um livro me surpreende.

Só avisando os três primeiros parágrafos podem conter spolier do livro anterior, para quem não leu ou não assistiu ao filme. 

Três anos se passaram desde que um trágico acidente levou embora toda a família de Mia. Após acordar do coma e descobrir que do dia para noite a sua vida tinha virado de ponta cabeça, Mia acaba aceitando a vaga para estudar na renomada escola de música Julliard em Nova York. Essa foi à maneira que ela encontrou para escapar de toda dor e tristeza que as lembranças da vida e das pessoas que ela tinha perdido lhe traziam. Durante todos esses anos Adam não teve mais noticias de Mia.

O que poderiam ser considerados os melhores anos na vida de um jovem que sonhava ser um rockstar, na verdade foram os piores. A banda estourou e com o sucesso vieram também os problemas.  Adam passa ser tratado de forma especial pela impressa e as brigas com os até então amigos de banda se tornam frequentes. Adam se torna uma pessoa arredia e passa a se afastar de todos, ao ponto que nem mesmo sua atual namorada Bryn consegue alcança-lo.

A vida de Adam está indo de mal ao pior e ele sente que tudo o que antes era importante, já não faz mais o menor sentindo. Até que por um caso do destino enquanto caminhava sozinho pelas ruas de Nova York, em uma noite comum de sexta ele reencontra Mia.  Era para ser um encontro marcado por perguntas não ditas e resposta silenciosas, apenas um encontro casual de amigos que não se vem há muito tempo. Porém, no momento em que todas as emoções vêm à tona e as verdades são ditas e voz alta a vida dos dois pode estar prestes a mudar novamente.  Será que Adam e Mia terão o seu tão esperado final feliz?

Tudo aquilo que senti que faltou em Se eu Ficar foi compensado aqui.  A narrativa pelo ponto de vista do Adam é emocionante, intensa e logo nas primeiras páginas me vi cativada por um jovem que precisava ser forte, quando na verdade sua vida estava desmoronando. O que parecia tão certo, a realização de um sonho se transforma em algo tão frustrante para o personagem, que simplesmente não tem como você não sofrer e ficar na torcida para que ele encontre a verdadeira felicidade.

Gayle Forman construiu um enredo dramático que consegue se transformar em uma bela história de amor e redenção.  Mesmo a autora tendo recorrido a mesma fórmula usada no livro anterior, mesclado acontecimentos do passado como os do presente a narrativa em Para onde ela foi em momento algum ficou cansativa. A troca de narrador realmente deu mais vida e energia a trama, fazendo com que fosse impossível não ficar completamente envolvida pela história.

Eu não poderia ter ficado mais surpresa e feliz com a forma que a autora conduziu e finalizou a história. Sabe quando você fica com aquele gostinho de quero mais? Foi exatamente assim que me senti.  Valeu a pena dar uma segunda chance e claro não criar muitas expectativas em relação à leitura.


"Acabei percebendo que há uma grande diferença entre saber que algo aconteceu e saber por que aconteceu, e acreditar nisso”.

Para onde ela foi é um romance doce e delicado que reforça a crença de que quando o amor é verdadeiro, ele supera tudo.  Os românticos de plantão vão se apaixonar ().

novembro 10, 2014

Atrás do Espelho por A.G. Howard

ISBN: 9788581635613
Editora: Novo Conceito
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 396
Classificação: Ótimo
Este livro foi enviado como
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Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.


Sinopse:Splintered - Livro 02.
Em O Lado mais Sombrio , a releitura dark de Alice no País das Maravilhas , Alyssa Gardner foi coroada Rainha, mas acabou preferindo deixar seus afazeres reais para trás e viver no mundo dos humanos. Durante um ano ela tentou voltar a ser a Alyssa de antes, com seu namorado, Jeb, sua mãe, que voltou para casa, seus amigos, o baile de formatura e a promessa de ter um futuro em Londres. No entanto, Morfeu, o intraterreno sedutor e manipulador que povoa os sonhos de Alyssa, não permitirá que ela despreze o seu legado. O mesmo vale para o País das Maravilhas, que parece não ter superado o abandono. Alyssa se vê dividida entre dois mundos: Jeb e sua vida como humana... e a loucura inebriante do mundo de Morfeu. Quando o reino delirante começa a invadir sua vida real, Alyssa precisa encontrar uma forma de manter o equilíbrio entre as duas dimensões ou perder tudo aquilo que mais ama.

Vocês lembram que comentei em minha resenha de O Lado mais Sombrio, que mesmo o final sendo tanto vago, eu não via a necessidade de a história se “prolongar” mais?  Pois é leitores, eis que a autora tinha um coelho mágico guardado na manga e em Atrás do Espelho ela resolveu colocar ele em cena. A.G. Howard não apenas conseguiu salvar a sua obra de cair na terrível e muitas vezes inevitável “maldição do segundo livro”, como nos apresenta  uma narrativa cheia de reviravoltas e surpresas loucas. Afinal, é do País das Maravilhas que estamos falando.

Risco de spoiler do primeiro livro. Quem não quiser colocar sua conta em risco pode pulando para o terceiro parágrafo agora.

Já se passou um ano desde que Alyssa voltou do País das Maravilhas, mas mesmo de volta a sua rotina e ao convívio das pessoas que ela ama, parece que algo está faltando em sua vida. Durante esse ano todo ela vem escondendo coisas de seu namorado Jeb, coisas que dizem respeito a ele também. Quando tudo se encaminhava para o típico conto de fadas após a formatura, os mosaicos de Alyssa começam a revelar que algo pode estar errado em seu reino. E se já não fosse o bastante ter que carregar o peso de seus segredos mais sombrios, ela ainda precisa lidar com a volta do manipulador e sedutor, Morfeu.

Morfeu está disposto a tudo para provar a Alyssa que o seu reino não pode ser abandonado, e que o lugar dela é no País das Maravilhas com ele ao seu lado. Com seus sentimentos cada vez mais confusos e com medo que Jeb descubra toda a verdade, ela a acaba se deparando com fatos obscuros do passado de sua mãe.  Mas, o pior ainda está por vir. Em meio a acontecimentos estranhos que evidenciam que o mundo intraterreno está prestes a invadir o real, Alyssa se vê mais do que nuca dividida entre os dois mundos. Afinal ela ainda continua rainha do País das Maravilhas e possui toda a sua loucura dentro de si esperando apenas uma oportunidade, um pequeno deslize para vir à tona. E esse deslize pode acabar de uma vez por todas com o resto de sanidade que ainda lhe resta.

Confesso que estava como muito medo de ler esse livro. Ficava me perguntando, qual a ponta solta que a autora usaria para tornar Atrás do Espelho, uma leitura tão cativante como foi a de O Lado mais Sombrio. Para minha alegria, a autora conseguiu não apenas interligar os fatos, mas como também criar novas e surpreendentes situações.  A escrita de Howard está longe de ser óbvia e clichê. O que de verdade me deixa feliz e com medo ao mesmo tempo.

Claro que toda a indecisão da Alyssa e o bendito triângulo amoroso acabam irritando um pouco durante a leitura. Sério, definitivamente não tenho mais idade para lidar com esses dramas desnecessários nas histórias. Tudo bem, eu admito que torço para o Morfeu. Mas só por que ele é em disparado o melhor personagem do livro e não fica fazendo “cena” o tempo todo. Juro que tentei gostar do Jeb, só que não deu.  Sei lá, em minha opinião o Jeb é aquele típico personagem que não convence e não diz para o que veio na narrativa. Posso morder minha língua no futuro, e de coração espero mesmo que isso aconteça. Porém até lá, continuo achando ele um personagem bem sem gracinha. (pronto falei)

O que mais gostei em Atrás do Espelho, foi conhecer mais o passado de alguns personagens e dos acontecimentos anteriores à chegada de Alyssa ao País das Maravilhas. Tudo está tão interligado e de uma forma tão amarrada, que só me resta acalmar a ansiedade e esperar o lançamento do próximo livro. Por que agora sim leitores, - autora deixou muitas, mais muitas perguntas no ar que precisam urgentemente ser respondidas.

“- Você sacrificaria o mortal que ama pelo intraterreno que odeia – ele pergunta, e a convicção em sua voz me fere como um golpe violento.”

Com uma narrativa totalmente fora de controle e grandes reviravoltas. Atrás do Espelho possui um ritmo insano e viciante, que vão fazer você repensar tudo o que acha que sabe sobre o País das Maravilhas. Falta muito para a editora Novo Conceito lançar o terceiro livro?

setembro 22, 2014

Perdendo-me por Cora Carmack

ISBN: 9788581635279
Editora: Novo Conceito
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 288
Classificação: Regular
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Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino.







Sinopse: Perdendo-me  - Livro 1.
VIRGINDADE. Bliss Edwards vai se formar na faculdade e ainda tem a sua. Chateada por ser a única virgem da turma, ela decide que o único jeito de lidar com o problema é perdê-lo da maneira mais rápida e simples possível com uma noite de sexo casual. Tudo se complica quando, usando a mais esfarrapada das desculpas, ela abandona um cara charmosíssimo em sua própria cama. Como se isso não fosse suficientemente embaraçoso, Bliss chega à faculdade para a primeira aula do último semestre e... adivinhe quem ela encontra?

Desde que o gênero New Adult se popularizou, “Losing It“ sempre foi um livro muito bem comentado. Eram tantos os elogios que fui ficando cada vez mais curiosa e quando soube que, a editora Novo Conceito tinha comprado os direitos para lançar o livro no Brasil, fiquei ansiosa esperando pela a oportunidade de finalmente conhecer a história. O problema é que essa que vos escreve, já tinha que ter aprendido que normalmente quando “todo mundo” ama demais um livro, a probabilidade de ela não gostar tanto assim é enorme.

O fato é que ainda estou tentando descobrir se o problema fui eu, ou um conjunto de fatores que somados fizeram com que Perdendo- me da autora Cora Carmack, resulta-se em uma das leituras mais frustrantes de 2014 para mim. Em fim, estou chegando à conclusão que realmente estou ficando “velha” demais para ler determinadas histórias.

Bliss está indo para o seu ultimo ano da faculdade e segundo os padrões preestabelecidos, sabe-se Deus por quem, ela tem um “grande problema”. Bliss ainda é virgem e por esse motivo sua amiga Kelsey decide que tudo o que ela precisa, é de uma noite de diversão sem compromisso. Juntas elas partem para uma balada em que a intenção de ambas é clara, Bliss precisa encontrar o “homem perfeito” para ter a sua primeira vez. Enquanto procura o seu príncipe encantado por uma noite, Bliss esbarra com Garrick Taylor lendo Shakespeare em plena balada.

O primeiro pensamento que vem a mente de Bliss é, “quem lê Shakespeare em uma balada?”. Mas a atração entre ela e o charmoso britânico foi tão instantânea que após uma rápida conversa Bliss tem certeza, que ele era homem certo para apenas uma noite de sexo casual. Porém, quando tudo se encaminhava para ser uma noite incrível, Bliss entra em pânico deixando Garrick sozinho sem saber ao certo o que tinha acontecido com a garota. Só que nenhum dos dois podia imaginar que essa não seria a ultima vez que seus caminhos se encontrariam, pois o destino estava prestes a pregar uma peça divertida em ambos.

Confesso que no contexto geral, a história não é ruim e que ela conseguiu me envolver tanto que li o livro em apenas um dia. O problema foi que, por mais que tentasse ignorar as “futilidades” da protagonista chegou um momento que de verdade eu não consegui mais.  Não é de hoje que venho tendo problemas com as mocinhas dos livros do gênero, o que me faz refletir se é meio padrão elas serem tão chatinhas, ou eu que estou muito “ranzinza” mesmo.

A Bliss tinha a capacidade de transformar tudo em uma verdadeira “tragédia grega”, ao ponto dela se tornar insuportável em determinadas situações.  Além disso, eu esperava personagens mais maduros afinal eles estão no último ano da faculdade e meio que se “acredita” que depois dos vinte e alguns, as pessoas se comportem de uma maneira “mais adulta”.   Tipo é frustrante você ver pessoas que deveriam ter o mínimo de maturidade ao tentar resolver seus problemas, agindo de forma tão ridícula (pronto falei).

Talvez o que tenha colaborado para a minha irritação em alguns momentos durante a leitura, fazendo com que eu tivesse “essa visão” dos personagens foram os diálogos. Eles são tão bobos em sem graça que deixam à história a beira da “infantilidade” crônica. Até mesmo o envolvimento da Bliss com a Garrick, me pareceu um pouco “forçado”, passando aquela sensação que o romance entre eles, era o mais do mesmo de algo que eu já li e não gostei. E a tentativa da autora de inserir um “pseudo” triângulo amoroso na história, não ajudou muito também. Em suma foi, “drama” demais para um final previsível.

“Algumas vezes, as coisas mais assustadoras na vida são as que mais vale a pena.”

Com uma narrativa sem grandes surpresas, Perdendo-me possui uma história rápida e leve, em que se você ignorar as “criancices” dos personagens, consegue ser ao menos divertida. E só (...).

setembro 01, 2014

Se eu Ficar por Gayle Forman

ISBN: 9788581635415
Editora: Novo Conceito
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 224
Classificação: Bom
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços.
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Sinopse: Depois do acidente, ela ainda consegue ouvir a música. Ela vê o seu corpo sendo tirado dos destroços do carro de seus pais – mas não sente nada. Tudo o que ela pode fazer é assistir ao esforço dos médicos para salvar sua vida, enquanto seus amigos e parentes aguardam na sala de espera... e o seu amor luta para ficar perto dela. Pelas próximas 24 horas, Mia precisa compreender o que aconteceu antes do acidente – e também o que aconteceu depois. Ela sabe que precisa fazer a escolha mais difícil de todas.

Se eu Ficar
tinha tudo para ser um daqueles livros que me deixam com o coração partido durante a sua leitura. Ao menos foi o que imaginei ao assistir ao trailer da sua adaptação e ler a sinopse. Porém, infelizmente essa foi uma promessa que não se cumpriu, o que ainda não sei dizer se é algo que me deixa feliz ou triste, - de verdade.

Apesar de não ser uma das alunas mais populares do colégio, Mia Hall tinha uma vida que muitos podiam invejar. Musicista talentosa, com um namorado famoso e com uma bolsa praticamente garantida para uma das melhoras universidades de música do mundo, a vida de Mia parecia um perfeito “conto de fadas” moderno. Mas, quis um daqueles terríveis acasos do destino que em uma manhã ao som da Sonata para violoncelo nº 3 de Beethoven, que tudo isso mudasse.  O carro em que ela viajava com a família é atingido por um caminhão e Mia é a única sobrevivente.

No hospital entre a vida e a morte Mia “presencia“ os esforços dos médicos para salva-la, ao mesmo tempo em que ela  precisa assimilar que perdeu seus pais e seu irmãozinho. Mia tem vinte quatro horas para tomar a decisão mais difícil e dolorosa da sua vida. Tudo o que ela sempre conheceu e amou se foi e ela precisa decidir de alguma forma se quer ir com eles ou ficar e tentar de alguma forma reconstruir a sua vida.

Com capítulos que se intercalam entre o presente e o passado, Se eu Ficar possui uma história que se esforça demais para ser dramática, mas que não foi o suficiente para me envolver.  Claro que fiquei triste pela Mia e imagino que não tem como você ler uma história dessas e não se perguntar, “e se fosse comigo?”. Só que o problema aqui é que a maneira como os acontecimentos anteriores ao acidente são narrados, passam uma sensação de superficialidade enorme ao enredo. Tudo parece surgir muito rápido e aparentemente do nada e pelo menos eu, não consegui desenvolver a empatia necessária para me sentir próxima aos personagens.

A autora Gayle Forman, foi feliz ao retratar de uma maneira delicada os dilemas e angustia da Mia durante as horas em que ela “vagava” pelo hospital. Mia está lá vendo seus avós, seu namorado e sua melhor amiga chorando por ela, só que não pode fazer nada para confortá-los. Até por que ela mesma não sabe o que fazer para consolar a si mesmo e lidar com a realidade de que agora está praticamente sozinha no mundo. Nessas ocasiões eu até conseguia sentir uma “intensidade” maior de sentimentos na história, que me deixava com aquela sensação de aperto no coração. Mas, confesso que esses momentos foram bem raros.

Não que a história não seja bonita ou bem escrita, porém eu tenho a impressão que faltou mais verdade nas relações entre os personagens. Tipo apesar da tragédia, tudo no livro é perfeito e bonito demais, o que faz com que a carga dramática que a autora se esforça em dar soe um tanto “vazia”. Outro ponto é que mesmo sendo um livro relativamente curto, a narrativa em alguns capítulos parece que fica dando volta em si mesma, o que contribuiu bastante para que eu não me envolvesse de fato com a história.

Queria ter gostado muito mais do que eu gostei. Queria que durante a leitura meus olhos se enchessem de lágrimas, como aconteceu quando eu assisti ao trailer, só que isso não aconteceu aqui. Uma pena (...).

“Todo relacionamento tem suas dificuldades. Assim como a música, ás vezes se tem harmonia e outras cacofonia.”

Em suma mesmo pecando pela superficialidade, Se eu Ficar consegue passar uma bonita lição de vida. Não chega a ser uma grande história, mas é uma leitura válida desde que você não crie muitas expectativas.

julho 17, 2014

Se Você fosse Minha por Bella Andre

ISBN: 9788581632759
• Editora: Novo Conceito.
Ano de Lançamento: 2013
Número de páginas: 320
Classificação: Bom

Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.




Sinopse: Os Sullivans - Livro 05 - Bella Andre.
Zach, o mais arredio dos Sullivan, é mecânico e corredor de pistas de alta velocidade. Suas únicas preocupações são: como gastar seu dinheiro e com que mulher passar a próxima noite… Até que ele recebe a difícil tarefa de cuidar do filhote de yorkshire de seu irmão por duas semanas — um total contratempo para um homem como ele. Mas Zach não tem como negar este favor a Gabe e, muito a contragosto, acaba aceitando cuidar de Ternurinha, a cachorrinha que, para piorar, é um terror e certamente precisa de treinamento. Heather Linsey não acreditava que teria de treinar o filhote do arrogante Zach Sullivan. De todos os homens que já conhecera, Zach era o mais atrevido. Palavras como arrogante, esnobe, pretensioso cabiam especialmente bem no mecânico da família Sullivan. Além disso, a beleza e o charme de Zach eram desconcertantes e a atração entre eles, inevitável… Heather estava francamente disposta a negar esse trabalho, mas teve que pensar duas vezes antes de recusar, pois fora indicada por uma grande amiga. De qualquer forma, ela sabia que podia controlar as investidas de Zach Sullivan, caso ele se mostrasse desrespeitoso. O que ela não sabia é que sua rejeição ia despertar os mais profundos e obstinados desejos no mecânico…

Depois que finalizei a leitura de A Filha do Sangue, eu precisava de uma leitura mais leve.  Bem leve mesmo, diga-se de passagem. Quis um acaso do destino (a TBR na verdade) que o escolhido fosse o quinto livro da série Os Sullivans da autora Bella Andre. Fazia um bom tempo que eu não lia nada da autora, já que eu tinha me decepcionado bastante com o livro anterior e com isso meio que acabei deixando a série de lado. Porém, se os “deuses do tenho mais livros do que tempo de ler”, resolveram que estava na hora de uma “reconciliação” entre essa que vos escreve e a autora, a única coisa que eu poderia fazer era aceitar o desafio.

Claro que eu não esperava nada de muito novo e surpreendente no enredo de Se Você fosse Minha, afinal eu já conheço a fórmula da autora e sei que esperar “algo a mais” é garantia de decepção na certa. O problema é que por mais que em meus pensamentos eu tivesse a consciência que só deveria “curtir” a leitura fiquei sim, - esperando aquele “algo a mais” de novo (...) triste eu sei.

Heather Linsey
é uma talentosa treinadora de cachorros que leva uma vida tranquila e que prometeu jamais entregar o seu coração, em especial a homens “perfeitos” demais. Zach Sullivan é um mecânico bem sucedido, amante de alta velocidade e arrasa corações desavisados, mas que não permite que nenhuma mulher arrase o seu. Um encontro entre duas pessoas tão diferentes parecia impossível, até que Zach incapaz de negar um favor ao seu irmão Gabe aceita cuidar de Ternurinha, uma levada filhote de yorkshire.

Para Zach era evidente que Ternurinha precisava de um treinamento, e graças a uma amiga em comum, Heather aparece no momento exato em que ele e a filhote estava em apuros. Assim que Heather colocou os olhos em Zach, ela soube que qualquer envolvimento que mantivesse com ele seria um perigo a todas as suas defesas.  Só que toda a insistência dela em mantê-lo longe o instigavam ainda mais. Porém, quando o desejo se torna forte demais para ser ignorado a paixão avassaladora surgi destruindo todas suas barreiras, fazendo com que ela trilhe um caminho que jurou nunca seguir.

Por mais que a escrita da Bella Andre seja leve e fácil de acompanhar, tenho a triste sensação que continuo lendo o mesmo livro sucessivas vezes. Sim, depois de dois capítulos eu já sabia tudo o que ia acontecer na história. Não que eu tenha problema com clichês. Tipo, eu adoro um velho e bom clichê, desde que ele seja bem trabalhado. Aqui mais uma vez temos personagens “perseguidos” por fantasmas do passado que de verdade, não acabam trazendo peso nenhum para história só servindo de desculpa para o comportamento infantil de ambos.

Esperava uma Heather mais obstinada e um Zach mais cafajeste (pronto falei), mas encontrei personagens frágeis e superficiais.  Talvez o que mais me incomode na narrativa da autora é justamente o fato das atitudes de seus personagens não coincidirem com a personalidade que ela cria para eles.  E nem me venham com essa história: “Se coloque no lugar dela. Um homem lindo, rico jogando charme para você e todo aquele blá, blá, blá”, que isso só me deixa mais irritada ainda com algumas coisas. Do que adianta o personagem reforçar durante grande parte da história que ele é de um jeito, quando age de outro? No meu ponto de vista isso é muito confuso e torna a história por si só fantasiosa demais.

É sério gente, não consigo entender (aceitar), a maneira “fast” como tudo acontece nos livros da autora. De manhã não querem se envolver, de tarde só querem sexo casual, à noite descobrem que se amam e não podem viver longe um do outro, na manhã seguinte rola um drama para dar mais emoção a história e pronto. Eu sei que é apenas um livro, mas eu não consigo entender mesmo.

Assim, como a leitura leve que eu estava precisando, o livro cumpriu bem o seu propósito. Porém ainda espero que um dia a autora Bella Andre me surpreenda com uma narrativa mais real, profunda e realmente romântica.  Por que aqui até o romantismo deixou a desejar. Ok! Vou confessar que minha parte favorita no livro, foi a dos cachorros.

“– Eu nunca disse que não acreditava no amor – ele esclareceu. – Só disse que não estava procurando por ele.”

Para quem está em busca de uma leitura leve Se Você fosse Minha é uma boa opção. Desde que claro, - você não espere algo de novo e muito emocionante.

Veja também:

junho 02, 2014

Incendeia-me por Tahereh Mafi

ISBN: 9788581634418
Editora: Novo Conceito
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 384
Classificação:
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Sinopse: Trilogia Estilhaça-me - Livro 3
O destino do Ponto Ômega é desconhecido. Todas as pessoas com quem Juliette se importa podem estar mortas. Talvez a guerra tenha chegado ao fim antes mesmo de ter começado. Juliette foi à única que restou no caminho d O Restabelecimento. E sabe que, se ela sobreviver, O Restabelecimento não sobreviverá. Entretanto, para destruir O Restabelecimento e o homem que quase a matou, Juliette vai precisar da ajuda de alguém em quem nunca pensou que pudesse confiar: Warner. Enquanto eles lutam juntos para combater o inimigo, Juliette descobre que tudo que ela pensava saber sobre seu poder, sobre Warner e até mesmo Adam era uma mentira.

De todas as séries que acompanho, nenhuma me fez sentir uma relação de amor e ódio tão grande como a trilogia Estilhaça-me. Talvez essa minha oscilação de emoções e de humor sejam resultado do próprio ritmo da narrativa, que horas nos presenteia com momentos de pura ação e aventura e outros dos leva a uma crise nervosa com os dramas pessoais de sua protagonista. O fato é que, Tahereh Mafi conseguiu me surpreender no ultimo capitulo dessa história mesclando com maestria elementos distopios e paranormais dando a trilogia Estilhaça-me um final esplendido.

Se você ainda não leu os livros anteriores da série, pulando dois parágrafos agora! Riscos de spoilers.

Depois da batalha decisiva entre os rebeldes do Ponto Ômega contra o Restabelecimento, um lado da guerra sofreu inúmeras baixas. Todos estão desolados, destruídos e sem saber qual serão seus próximos passos, mas Juliette não vai dar-se por vencida.  Algo despertou nela após o confronto. De alguma forma Juliette tem certeza que é a única capaz de derrotar Anderson e acabar de uma vez por todas com o Restabelecimento.  Porém, antes de partir para a batalha final ela terá que aprender a dominar por completo o seu poder e principalmente confiar na última pessoa que poderia salvar a sua vida, - Warner.

Warner e Juliette terão que unir forças, e convencer aos outros rebeldes que a guerra ainda não está perdida. Porém isso não vai ser tão fácil assim, pois Warner guarda segredos sombrios que apenas Juliette conhece o que torna ainda mais difícil convencer aos seus amigos que o líder do setor 45 é confiável e está do lado deles.  Nunca Juliette esteve tão segura de si e de seus sentimentos, mudança essa que aparentemente parece não agradar em nada o seu ex-namorado, Adam.  Mas como em toda guerra, enquanto algumas alianças são feitas de um lado, “mascarás” caem do outro. Juliette finalmente vai se deparar com uma verdade que vai mudar a sua vida, de uma maneira que ela jamais imaginou.

Um dos fatos que me causou uma grata surpresa logo no inicio da leitura foi à mudança de atitude da Juliette. É incrível ver como ela amadureceu e resolveu não apenas se aceitar, como também finalmente ir à luta para conquistar o seu lugar de direito no mundo. Sério gente! Eu fiquei tão, mais tão orgulhosa dela. Claro que ela ainda teve seus momentos de déjà vu, a lá Liberta-me, porém é visível que tanto as situações pelas quais ela passou, as perdas e as escolhas que ela precisou fazer durante toda a sua caminhada a tornaram mais forte.

Outro personagem que já vinha me surpreendendo desde que li o conto Destrua-me, e que definitivamente em Incendeia-me conquistou o meu coração foi o Warner ().  Não leitores, não é a minha tendência de gostar dos malvados da história falando mais alto aqui. É simplesmente o fato de que conforme a narrativa avançou o Warner mesmo com o seu jeito cruel e sarcástico, mostrou que até mesmo um bad boy pode ter seus momentos de fraqueza, fazendo com que toda a raiva que eu podia ainda sentir dele se dissipasse por completo.

A autora Tahereh Mafi, conseguiu criar personagens contraditórios e ao mesmo tempo tão adoráveis, que mesmo o Adam me irritando profundamente com algumas atitudes mais “sombrias”, no final me deixou feliz por ele de certo modo ter revelado um pouco da sua real natureza.  No conto Fragmenta-me já é possível perceber não apenas essas “nuances” do verdadeiro Adam, como conhecemos de fato suas preocupações e temores. Posso continuar não gostando dele (de verdade nesse ultimo livro eu queria dar uns tapas nele), mas não posso negar que no fundo ele tinha seus motivos para agir como um “idiota” às vezes. Já o Kenji. Ah! O Kenji definitivamente roubou a cena. Seus diálogos sempre divertidos e a forma como ele impelia a Juliette a superar seus limites sempre, fez dele um dos mais importantes e marcantes da trilogia.

Praticamente devorei o livro. Li Incendeia-me em apenas um dia, pois a narrativa era tão frenética e rápida que me deixava praticamente desesperada para saber o que ia acontecer no capitulo seguinte. Em meio a toda a ação presente na história, a autora ainda conseguiu inserir um romance arrebatador e diálogos inteligentes que me fizeram desejar que o livro tivesse mais páginas, pois eu queria mais, muito mais de Incendeia-me.  Maravilhoso, simplesmente maravilhoso!

“E nós somos aspas, invertidas e de ponta-cabeça, agarradas uma à outra no final desta sentença de vida. presos por vidas que não escolhemos. Está na hora, eu penso, de nos libertarmos.”

Um final perfeito, lindo e surpreendente! Sem sombra de dúvidas uma dos melhores finais de trilogia que já li em minha vida. Tahereh Mafi sua linda, você conquistou mais uma fã.

maio 15, 2014

O Lado mais Sombrio por A.G. Howard



ISBN: 9788581633381
Editora: Novo Conceito
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 368
Classificação: Muito Bom
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Sinopse: Splintered - Livro 01 Alyssa Gardner ouve os pensamentos das plantas e animais. Por enquanto ela consegue esconder as alucinações, mas já conhece o seu destino: terminará num sanatório como sua mãe. A insanidade faz parte da família desde que a sua tataravó, Alice Liddell, falava a Lewis Carroll sobre os seus estranhos sonhos, inspirando-o a escrever o clássico Alice no País das Maravilhas. Mas talvez ela não seja louca. E talvez as histórias de Carroll não sejam tão fantasiosas quanto possam parecer. Para quebrar a maldição da loucura na família, Alyssa precisa entrar na toca do coelho e consertar alguns erros cometidos no País das Maravilhas, um lugar repleto de seres estranhos com intenções não reveladas. Alyssa leva consigo o seu amigo da vida real – o superprotetor Jeb –, mas, assim que a jornada começa, ela se vê dividida entre a sensatez deste e a magia perigosa e encantadora de Morfeu, o seu guia no País das Maravilhas. Ninguém é o que parece no País das Maravilhas. Nem mesmo Alyssa...

Confesso que ao contrário da grande maioria, nunca fui totalmente conquistada pelo mundo que Lewis Carroll criou em seu clássico, Alice no País das Maravilhas. Mas, de algum modo assim que eu soube do lançamento de Um Lado mais Sombrio, algo acabou despertando o meu interesse em conhecer esse “outro lado” dessa aclamada história. A surpresa que tive no decorrer da leitura foi maravilhosa.

Aparentemente Alyssa Gardner é como qualquer adolescente comum, - aparentemente é claro. Alyssa é tataraneta de Alice Liddell, sim a mesma Alice que inspirou o clássico “Alice no País das Maravilhas”. Mas, a visita de Alice a essa terra estranha e mágica acarretou problemas para suas descendentes. Todas elas em um determinado momento de suas vidas sucumbiram a algum tipo de loucura. Por esse motivo, Alyssa esconde de todos o fato de conseguir e ouvir os pensamentos de plantas e animais, pois seu maior medo é acabar sendo internada em um sanatório com a sua mãe e suas outras ancestrais.

Porém, o que Alyssa não imaginava é que aquele velho ditado que diz, “toda lenda tem um fundo de verdade”, iria fazer com que ela revisse todos os seus conceitos. Ao começar a sentir uma presença estranha e irresistível lhe observando ela vai à procura da toca do coelho, embarcando em uma aventura sombria em busca da verdade que pode salvar não apenas a vida da sua mãe, mas também mudar a sua vida para sempre. Quais os mistérios e segredos que esperam por ela no País das Maravilhas? Como lidar com a confusão de sentimentos que Jeb, seu melhor amigo e o enigmático Morfeu causam em seu coração? Alyssa está prestes a descobrir que no País das Maravilhas, nada e ninguém é o que parece ser.

Logo no começo da leitura senti como se eu tivesse caído de paraquedas em uns dos filmes de Tim Burton. As descrições feitas pela a autora dos lugares e personagens são tão fantásticas que a minha imaginação funcionou em velocidade máxima.Os personagens marcantes da história original como a Lagarta, o Gato de Cheshire, a Rainha de Copas, o Coelho Branco, o Chapeleiro Maluco, também possuem um papel importante, mas tudo aqui é tão lúdico e insano, que a narrativa ganhou um toque sombrio e ao mesmo envolvente. Foi uma experiência emocionante conhecer esse lado “novo” da história.

A autora A.G. Howard, me surpreendeu em diversos momentos com uma narrativa criativa e cheia de reviravoltas. O ritmo da história assim como tudo o que acontece no País das Maravilhas é rápido e frenético.  Mas, como nem tudo nessa minha vida de leitora são brilhos e flores, eu confesso que fiquei uma pouco incomodada em determinadas situações com as atitudes da Alyssa.  Tudo bem que conforme a história foi evoluindo, ela amadurece bastante só isso não foi o suficiente para que eu perdesse uma pouco da “má impressão” que ela me causou no começo do livro.  Outro ponto é que eu achei totalmente desnecessário o triângulo amoroso Jeb, Alyssa e Morfeu.  Tudo bem que o Jeb é um fofo, mas fica um pouco óbvio que o relacionamento dele com a Alyssa, apesar da química existente é superficial.

Ok! Pode ser que eu me sinta inclinada a pensar dessa forma, já que me encantei pelo Morfeu. Mas, de verdade não tem como não se encantar por ele. Morfeu é o melhor personagem do livro, inclusive ele rouba a cena em diversos momentos. Longe se ser o “perfeito cavalheiro”, Morfeu é inteligente, sarcástico e inescrupuloso agindo sempre da forma que lhe é conveniente. Ele é aquele típico personagem por quem desenvolvemos uma relação de amor e ódio, sendo o primeiro sentimento a prevalecer no final.

O fato do livro ser o primeiro de uma série de três livros, também me desanimou um pouco, já que estou preferindo (ou ao menos tentando) dar preferência aos livros únicos. E em minha opinião embora o desfecho aqui tenha sido um tanto vago em relação à história, ele foi de certo modo satisfatório. O que me deixa curiosa para saber qual ponta solta à autora vai usar para a continuação da história. 

“- Você compreende a lógica que está além do ilógico, Alyssa. É sua natureza encontrar tranquilidade em meio à loucura.”

Para quem busca uma história cheia de fantasia, ação e romance não vai se decepcionar com a leitura de Um Lado mais Sombrio. Mas, se prepare por que você nunca mais olhará Wonderland com os mesmo olhos.

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