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outubro 20, 2020

A Coroa da Vingança por Colleen Houck

| Arquivado em: RESENHAS

Quem acompanha o blog há mais tempo, sabe que não gosto de publicar resenhas "negativas". Em minha opinião, a leitura é algo muito individual e às vezes um livro com o qual não tive uma boa experiência, pode ser o livro da vida de outra pessoa e vice-versa. Porém no caso específico de A Coroa da Vingança da autora Colleen Houck, preciso desabafar.

De verdade, até agora eu estou me perguntando o que a Colleen tomou para escrever o último livro da série Deuses do Egito. Sério, em alguns momentos os fatos narrados são tão inacreditáveis, que chegam a beirar o absurdo. Então já peço desculpas antecipadas porque sim, vou abrir meu coração para vocês e sem dar spoilers.

Resenha

  ISBN: 9788580417876
  Editora: Arqueiro
  Ano de Lançamento: 2018
  Número de páginas: 416
  Classificação: Tentando entender o que aconteceu até agora
Sinopse: Deuses do Egito - Livro 03
Em A Coroa da Vingança, terceira e última aventura da série Deuses do Egito, Colleen Houck nos presenteia com um desfecho tão surpreendente e inspirador quanto o elaborado universo mitológico que criou. Meses após sua pacata vida como herdeira milionária sofrer uma reviravolta e ela embarcar numa vertiginosa jornada pelo Egito, Liliana Young está praticamente de volta à estaca zero. Suas lembranças das aventuras egípcias e, especialmente, de Amon, o príncipe do sol, foram apagadas, e só resta a Lily atribuir os vestígios de estranhos acontecimentos a um sonho exótico. A não ser por um detalhe: duas estranhas vozes em sua mente, que pertencem a uma leoa e uma fada, a convencem de que ela não é mais a mesma e que seu corpo está se preparando para se transformar em outro ser. Enquanto tenta dar sentido a tudo isso, Lily descobre que as forças do mal almejam destruir muito mais que sua sanidade mental – o que está em jogo é o futuro da humanidade. Seth, o obscuro deus do caos, está prestes a se libertar da prisão onde se encontra confinado há milhares de anos, decidido a destruir o mundo e todos os deuses. Para enfrentá-lo de uma vez por todas, Lily se une a Amon e seus dois irmãos nesta terceira e última aventura da série Deuses do Egito.

Logo que iniciei a leitura de O Despertar do Príncipe, já pressenti que teria algum tipo de problema com o desenvolvimento dessa série. Mas como amo tudo que tem o plano de fundo mitologias antigas, resolvi dar uma chance para a história da jovem  Lily e a múmia renascida, quero dizer o príncipe egípcio Amon.

Mesmo com semelhanças com a Saga do Tigre, outra obra da autora, O Despertar do Príncipe foi um começo promissor em especial porque apresentou bons personagens  como, os príncipes Asten e Ahmose, além do carismático Dr. Hassan. Porém no segundo livro, O Coração da Esfinge a narrativa já trilhou um caminho perigoso em que a cada capítulo, a sensação que eu tinha era que estava “relendo uma versão não tão boa" da história de Ren, Kelsey e Kishan, mas como personagens diferentes.

Gosto muito da escrita da Colleen Houck e a Saga do Tigre é uma das minhas favoritas, mas isso não me impede de ver os vários problemas na construção da sua história. Problemas esses, que infelizmente se repetem aqui e de certa forma, conseguem ser maiores.

O primeiro ponto pode até passar despercebido por quem não tem tanto interesse em mitologia, mas o fato de a autora inserir elementos de outras mitologias como a chinesa, grega e a celta em uma história que tem como base os mitos egípcios, deixou a narrativa em diversos momentos destoante. Em várias passagens parei a leitura e me perguntei: “Mas o que isso tem a ver com o Egito antigo?”. A situação chegou a um extremo tão grande, que sempre que algo novo surgia, eu pesquisava para saber qual era a origem.

Só que isso é algo que mesmo eu sendo chata consigo relevar, afinal temos a famosa “licença poética” e talvez pouquíssimos leitores tenham se atentado a esse detalhe. Porém não tem como, (agora começa o desabafo) não ter uma síncope nervosa com o rumo que a Colleen deu para a história.

Lily sofre a síndrome da donzela indefesa e em perigo pela qual, todos os homens se apaixonam. Em A Coroa da Vingança, ela se comporta como uma criança mimada que age por impulso e com isso, acaba colocando a vida dos outros em perigo. Além disso, o recurso utilizado pela autora da personagem possuir duas outras pessoas em sua mente, a Tia a leoa e Ashleigh a fada e por isso, suas ações e sentimentos não são claros torna tudo ainda mais confuso e desnecessário.  Não sei quantas vezes tive que parar e respirar fundo, para não gritar de frustração enquanto lia esse livro.
 
Amon que no segundo livro foi quase figura decorativa aqui repetiu o papel, o que só me fez pensar em qual parte da construção da série a Colleen resolveu que ele não seria mais o protagonista. O Asten coitado, entra mudo e sai quase calado, fora que há um drama gigantesco  relacionado a ele que além de óbvio, termina de uma forma tosca como se nada tivesse acontecido. Até agora me pego pensando qual foi a necessidade de tantas lágrimas (dos personagens e não minhas porque quando chegou nessa parte, eu já estava soltando fogo pelas ventas) para depois ficar todo mundo com cara de paisagem.

Já o Ahmose, aí gente que dó desse moço. Tudo bem que dentre os três príncipes, o Ahmose é o mais sério e reservado, mas ele não merecia o que a autora faz aqui. A Colleen o transformou em um personagem carente, disposto a qualquer sacrifício por uma migalha de atenção que a Lily possa oferecer.  A Tia e Ashleigh conseguem ser tão insuportáveis, quanto a sua "hospedeira" e só deixam a narrativa mais caótica e dramática sem necessidade alguma. Aliás, o que não falta é coisa desnecessária nesse livro.

Todos os desafios apresentados aos protagonistas parecem ser impossíveis. Você lê páginas e mais páginas com os personagens lutando e sofrendo para no último momento, a solução milagrosamente aparecer.

Mas nada, nada mesmo consegue ser tão decepcionante quanto a participação do grande vilão da história, o deus Seth. Peço perdão ao Valentim Morgenstern, pelo dia que chamei ele de vilão decorativo. Não vou entrar em detalhes aqui para não dar spoilers, mas eu fique tipo: “Gente! Como assim? Não acredito que li quatro livros para isso.”

Quanto mais próximo do capítulo final, mais reviravoltas sem pé e sem cabeça a autora foi criando. E se já não bastasse a Colleen inserir na história mitos que não tem ligação nenhuma com o Egito, na tentativa de dar um final feliz para todo mundo, a solução encontrada pela autora, foi a gota d'água. A partir desse ponto eu comecei a chorar, mas de raiva mesmo.

Terminei a leitura exausta, sem saber o que pensar e o que sentir. Colleen Houck me encantou com sua escrita em A Saga do Tigre, mas depois da experiência desastrosa que tive com O Despertar dos Deuses, vou dar um tempo nas obras da autora.

Resenha
© Ariane Gisele Reis.

“Não podemos mudar a direção do vento, meu amor, mas podemos nos alinhar de modo que ele não nos derrube.”

Antes que vocês pensem que as minhas expectativas que estavam altas, posso garantir que a única coisa que esperava encontrar, era um final satisfatório com toques de romance a aventura. Porém só me deparei com uma narrativa arrastada do começo ao fim em que nada fez sentido algum.

Conforme mencionei no começo da resenha, não gosto de trazer opiniões negativas. Mas como vocês puderam perceber, essa blogueira aqui realmente precisava desabafar.  Por isso, se alguém que está lendo essa resenha tiver interesse de ler a série,- leia. Às vezes a sua visão da história,  vai ser completamente diferente da minha. 

outubro 06, 2016

O Coração da Esfinge por Colleen Houck

| Arquivado em: RESENHAS.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580416060
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 368
Número de páginas:  2016
Classificação: Muito Bom
Sinopse: Deuses do Egito – Livro 02.
Lily Young achou que viajar pelo mundo com um príncipe egípcio tinha sido sua maior aventura. Mas a grande jornada de sua vida ainda está para começar. Depois que Amon e Lily se separaram de maneira trágica, ele se transportou para o mundo dos mortos – aquilo que os mortais chamam de inferno. Atormentado pela perda de seu grande e único amor, ele prefere viver em agonia a recorrer à energia vital dela mais uma vez. Arrasada, Lily vai se refugiar na fazenda da avó. Mesmo em outra dimensão, ela ainda consegue sentir a dor de Amon, e nunca deixa de sonhar com o sofrimento infinito de seu amado. Isso porque, antes de partir, Amon deu uma coisa muito especial a ela: um amuleto que os conecta, mesmo em mundos opostos. Com a ajuda do deus da mumificação, Lily vai descobrir que deve usar esse objeto para libertar o príncipe egípcio e salvar seus reinos da escuridão e do caos. Resta saber se ela estará pronta para fazer o que for preciso. Nesta sequência de O Despertar do Príncipe, o lado mais sombrio e secreto da mitologia egípcia é explorado com um romance apaixonante, cenas de tirar o fôlego e reviravoltas assombrosas.

Essa que vos escreve precisa admitir que estava morrendo de medo de que O Coração da Esfinge sofresse da terrível “maldição do segundo livro”. Além disso, o fato de ter lido algumas resenhas não muito animadoras, fizeram com que o meu receio ficasse ainda maior. Por isso, confesso que comecei a leitura sem grandes expectativas, mas para minha surpresa me vi envolvida pela narrativa da Colleen Houck logo nos primeiros capítulos. O que claro, não significa que tudo foram flores nessa sequência da série Deuses do Egito.

Pode conter spoilers do livro anterior. Para quem não quiser correr o risco, pulando dois parágrafos agora.

A separação da jovem Lily Young e Amon foi uma experiência dolorosa para os dois. E por mais que ela se esforce, voltar a levar uma vida normal depois de tudo que aconteceu é praticamente impossível. Para fugir dos olhares vigilantes de seus pais e tentar de algum modo curar o seu coração partido, Lily decide se refugiar na casa da avó por um tempo. Só que para surpresa dela de alguma forma ela e Amon continuam ligados um ao outro. Lily sonha constantemente com o seu príncipe, porém em seus sonhos Amon parece estar passando por um sofrimento terrível e isso a deixa ainda mais angustia.

Quando Lily recebe a visita do deus Anúbis suas suspeitas são confirmadas. Algo de errado está acontecendo com Amon, e somente ela pode salvá-lo.  Antes de partir para o outro mundo, Amon tinha deixado um amuleto com Lily e graças a esse objeto a ligação entre os dois é forte o suficiente para guia-la através do mundo dos mortos para resgatar o príncipe perdido. Só que para salvar aquele que ama Lily terá que trilhar um caminho perigoso. Uma jornada cheia de sacrifícios da qual ela pode não sair com vida. O coração e os sentimentos de Lily serão testados e ela precisará ser forte se quiser salvar Amon e a si mesma.

Para quem leu a série anterior da Colleen Houck, a Saga do Tigre algumas coisas aqui vão parecer “repetitivas”, em especial a forma como a autora compôs a personalidade dos personagens nesse segundo livro.  Em O Despertar do Príncipe as pequenas semelhanças já tinha me incomodado um pouco, porém dessa vez elas me incomodaram muito. Principalmente por que conforme a narrativa avança a personalidade da Lily sofre uma mudança muito brusca, e de verdade isso não é legal.

Tudo bem que dentro contexto da trama essa mudança tem uma "lógica", porém a sensação que tive é que a Colleen se perdeu demais em detalhes que não agregaram em nada na história e deixando de explorar elementos e personagens mais interessantes.  Outro ponto que me incomodou foi outra repetição de padrão na narrativa da autora, - todo mundo se sente atraído aka apaixonado pela Lily. Sério não tinha necessidade disso, como não tinha necessidade da história girar em torno das inseguranças e faniquitos da protagonista. Eu realmente esperava que o enredo fosse mais focado na busca pelo Amon e não é bem isso o que acontece, infelizmente.

Tipo, fiquei com a impressão a Colleen quis escrever mais um romance do que uma aventura, que é o que a premissa do livro nos apresenta. E é justamente o romance que não combinou aqui. Não por que ele é forçado e pouco convincente, embora em alguns momentos ele realmente seja isso. O problema é o modo como ele foi inserido, o que me deixa intrigada e ao mesmo tempo muito apreensiva, para saber como a tia Colleen vai arrumar a bagunça que criou aqui.

Mas apesar de ter achado O Coração de Esfinge um pouco “inferior” em relação ao enredo quando comprado com o livro anterior uma coisa eu não posso negar. Colleen Houck é aquele tipo de autora que consegue literalmente transportar o leitor para sua história. Ela é mestre em moldar mitologias criando algo novo, empolgante e envolvente.  Outro ponto que me deixou bastante feliz foi a participação mais ativa do Asten () e do Ahmose no desenvolvimento da história. Para ser bem sincera em minha opinião os dois são personagens mais atraentes do que o Amon, e me entristece saber que o papel deles só foi maior por que dessa vez o “grande” protagonista da trama ficou em segundo plano.

O Dr. Hassan também não aparece muito nesse segundo livro, mas em compensação temos um envolvimento maior dos deuses do Egito na narrativa. Praticamente todos os deuses mais importantes do Panteão Egípcio parecem, e sim isso quer dizer que Amon-rá, Hórus, Isis, Osíris e até mesmo o temível Seth dão o ar da graça.  E essa inserção mais efetiva dos deuses do Egito foi sem sombra de dúvidas o ponto mais alto da história. Por que a partir do momento que eles foram surgindo na trama, a sensação que fui tento é que eu realmente estava no Egito antigo, com todo seu mistério e magia. E isso foi simplesmente fantástico!

Houve detalhes que me incomodado bastante aqui é verdade. Porém não nego que no contexto geral gostei do modo como tudo foi se encaixando no final. Algumas partes poderiam ter sido mais bem desenvolvidas, mas como nem tudo é perfeito eu só posso esperar e torcer para que o próximo livro a autora  "entregue" a história que de propões a escrever. Afinal, mesmo a Saga do Tigre sendo uma das minhas séries favoritas, estou esperando algo novo e totalmente diferente daquilo que já li. Não me decepcione Colleen Houck, please!

“– Porque conhecê-los Lily, é amá-los. Se eu os amar, vou sentir dor ao perdê-los. É a maldição que acompanha a imortalidade. Entende?”

Colleen Houck novamente nos presenteia com uma narrativa que nos leva por uma viagem incrível pelo Egito e seus mistérios. Porém, infelizmente a autora “derrapou” um pouco ao focar mais no romance e em clichês que já estão saturados do que na aventura mágica que a premissa prometia. Mas mesmo com seus pontos negativos, O Coração da Esfinge consegue ser um livro que nos surpreende, cheio de reviravoltas e personagens cativantes.  

Veja Também:
O Despertar do Príncipe

outubro 02, 2015

O Despertar do Príncipe por Colleen Houck

| Arquivado em: Resenhas.

Este livro foi recebido como
cortesia para resenha.
ISBN: 9788580414363
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2015
Número de páginas: 384
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Submarino.
Sinopse: Deuses do Egito – Livro 01.
Quando a jovem de dezessete anos, Lilliana Young, entra no Museu Metropolitano de Arte certa manhã, durante as férias de primavera, a última coisa que esperava encontrar é um príncipe egípcio ao vivo com poderes divinos, que teria despertado após mil anos de mumificação. E ela realmente não poderia imaginar ser escolhida para ajudá-lo em uma jornada épica que irá levá-los por todo globo para encontrar seus irmãos e completar uma grande cerimônia que salvará a humanidade. Mas o destino tem tomado conta de Lily, e ela, juntamente com seu príncipe sol, Amon, deverá viajar para o Vale dos Reis, despertar seus irmãos e impedir um mal em forma de um deus chamado Seth, de dominar o mundo.

Mesmo estando super ansiosa para conhecer a nova série escrita pela autora Colleen Houck, Deuses do Egito confesso que “travei” na leitura desse primeiro capitulo. Sabe quando você espera devorar um livro, mas acaba meio que protelando ao máximo possível a leitura dele? Foi mais ou menos isso que aconteceu comigo. E entendam isso não quer dizer que não gostei de O Despertar da Príncipe, a verdade é que gostei e muito. Porém foi praticamente impossível não fazer “pequenas comparações” com a Saga do Tigre, - e sim isso me incomodou um pouco.

Lilliana Young tem uma vida praticamente invejável. Aos dezessete anos ela mora com os pais em um luxuoso hotel com vista para o Central Park, e desfruta de todo o conforto e privilégios que o dinheiro pode oferecer. Mas, ao contrário do que se imagina Lilliana não é feliz. No fundo ela gosta das coisas mais simples da vida, e seu maior desejo é que seu mundo tão certinho tenha um pouco de aventura e desordem. Tudo em sua vida é controlado, rígido e previsível, até que em uma manhã na sessão dedicada ao Egito no Museu Metropolitano de Arte muda tudo isso. Ela presencia o renascimento de uma múmia, ou melhor dizendo, do príncipe egípcio Amon. E graças a esse encontro inusitado a sua vida vira de ponta cabeça.

Amon assim como seus irmãos recebeu poderes dos deuses para cumprir a divina missão de a cada milênio salvar a Terra das trevas trazidas pelo o temível deus Seth. Só que algo estranho aconteceu dessa vez. Amon despertou muito longe de casa e agora vai precisar da ajuda de Lily para chegar ao Egito e encontrar as tumbas de seus irmãos Asten e Ahmose, a tempo de acorda-los para a cerimônia sagrada. 

Há principio Lily fica hesitante em atravessar oceano rumo ao desconhecido com um total estranho. Mas, ela não consegue evitar a atração inexplicável que sente pelo príncipe e principalmente a necessidade de viver finalmente uma aventura.  Ao partir para Egito com Amon em uma corrida contra as areias do tempo para salvar a Terra, Lily não pode imaginar os inúmeros perigos ao qual sua frágil vida mortal será exposta. E muito menos que uma múmia com milhares de anos pode ser capaz de roubar seu coração.

Sou fã da Colleen Houck, mesmo ainda não tendo perdoado ela pelo final da Saga do Tigre, que isso fique bem claro. Colleen é uma daquelas autoras que tem “dom” de não apenas me deixar curiosa em relação à trama, mas também de me transportar para dentro dela.  E não tem mitologia que eu ame mais depois da grega do que a egípcia, e só esse fato já me fez desejar o Despertar do Príncipe desde o seu lançamento lá fora.  Afinal é do Egito antigo que estamos falando aqui ().

O Despertar do Príncipe se apresenta como um prelúdio promissor de uma nova saga que tem tudo para ser melhor que anterior. Porém, alguns pequenos ajustes precisam ser feitos. Tipo por mais que a protagonista aqui tenha uma personalidade forte e não se comporte como a “rainha do drama”, foi inevitável em alguns momentos não comparar as atitudes da Lily com as da Kelsey. Do mesmo modo que em muitas situações o Amon agiu de forma muitíssimo parecida ao Ren. E foi por isso que travei um pouco durante a leitura (...).

Não que as sagas ou as personalidades dos personagens sejam idênticas, porém as estruturas de ambas são muito semelhantes. A principal diferença é que a autora focou mais na missão dos príncipes e deixou o romance meio que de lado nesse primeiro livro. Outro ponto é que senti a falta daquele “toque mágico” presente na escrita da Colleen que sempre deixa a leitura mais interessante. Algumas passagens são carregadas de muitos detalhes desnecessários, e por esse motivo a narrativa ficou morna sem tanta emoção.

Gostei especialmente dos príncipes Asten () e Ahmose, assim como o Dr. Hassan, o arqueólogo e Grão-Vizir encarregado de ajudar os príncipes em sua missão. E sim, qualquer semelhança entre o Dr. Hassan, e o meu amado e inesquecível Sr. Kadam () não é tão mera coincidência.  O problema é que como a narrativa fica muito focada no Amon e na Lily, não foi possível conhecer melhor os demais personagens que compõem a história.  Por isso, espero que eles ganhem um maior destaque nos próximos livros, pois potenciais para isso ambos têm. E por favor, Colleen sem triângulo amoroso dessa vez.

O Despertar do Príncipe terminou com aquele típico final “cretino”, que me deixou completamente desesperada para saber o que vai acontecer. E mesmo que a presença de alguns elementos presentes da Saga do Tigre tenha me incomodado um pouco, gostei muito do li. Sim, ficou faltando alguma coisa, mas esse foi apenas o primeiro capitulo.

“- A eternidade é um tempo longo demais para não se ter alguma coisa para lembrar.”

O Despertar do Príncipe é aquele tipo de leitura que vai te deixar com vontade de desbravar o Egito atrás de escaravelhos e belos príncipes adormecidos. Misteriosa, mágica e surpreendente. Mal posso esperar por O Coração da Esfinge.

outubro 06, 2014

A Promessa do Tigre por Colleen Houck

ISBN: 9788580413014
Editora: Arqueiro
Ano de Lançamento: 2014
Número de páginas: 128
Classificação: Muito Bom
Onde Comprar: Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Submarino - Compare os Preços


Este livro foi enviado como
cortesia para resenha.




Sinopse: A Saga do Tigre – Prequel (Conto).
Medo. Esperança. Dúvidas. Antes da maldição, uma promessa. Criada longe dos olhos da corte, isolada do convívio no castelo, Yesubai luta para suportar os maus-tratos do pai e manter em segredo suas habilidades mágicas. Lokesh é um poderoso e cruel feiticeiro que foi capaz de assassinar a própria esposa porque ela lhe deu uma filha em vez de um filho. Ao completar 16 anos, Yesubai é surpreendida por um anúncio do rei. Procurando fortalecer suas relações diplomáticas, o nobre acredita que um casamento entre a filha de Lokesh, comandante de seu exército, e um pretendente de algum dos reinos vizinhos será uma boa estratégia para diminuir os conflitos na região. A jovem recebe a notícia com alegria. Pela primeira vez ela enxerga um fio de esperança, a perspectiva de escapar do controle do pai e de levar uma vida fora do confinamento de seus aposentos. Mas esses não são os planos do feiticeiro. Ele vê no iminente casamento de Yesubai uma oportunidade de conseguir ainda mais poder e não poupará esforços para atingir seus objetivos sombrios.

Quem a acompanha o blog há mais tempo, sabe que mesmo tendo algumas “falhas” em seu enredo a Saga do Tigre é uma das minhas séries favoritas (). Por esse motivo, vocês podem imaginar que fiquei muito feliz quando soube do lançamento de, A Promessa do Tigre. Essa história se passa 300 anos antes da minha querida amiga Kelsey Hayes (modo irônico ligado), encontrar com os príncipes Ren e Kishan e junto com eles partir em busca de um meio de acabar com a Maldição do Tigre.

Não sei se a resenha tem algum spoiler. Então para quem não quer arriscar pode pular dois parágrafos agora.

A jovem Yesubai sempre agiu com indiferença na presença de seu terrível pai Lokesh. Ela aprendeu desde muito cedo que não demonstrar suas emoções na frente dele, era a melhor maneira de proteger quem ela amava e a si mesma. Durante muitos anos a sua vida foi em cárcere privado, em que a suas únicas companhias eram sua querida babá Isha e as flores. Yesubai sabia que o que seu pai tinha de poderoso ele tinha de perigoso, e por esse motivo ela sempre escondeu as habilidades mágicas que dele herdou na esperança que um dia talvez, a vida fosse diferente.

Yesubai acreditou que os deuses tinham finalmente ouvido suas preces quando o rei anuncia o seu casamento como uma forma de fortalecer as relações diplomáticas do reino com os países vizinhos. Só que seu pai tinha um plano mais sombrio e logo transformou a frágil esperança de Yesubai em um verdadeiro tormento. Lokesh está em busca das últimas metades do Amuleto de Damon, que se encontra em poder da família Rajaram. Para atingir o seu objetivo ele usa a própria filha como isca, dando então o inicio a maldição que viria a assolar a vida dos irmãos Ren e Kishan por 300 anos. Porém, antes que o fim trágico acontecesse houve uma luz, o ultimo fio de esperança para Yesubai, - uma promessa.

A escrita da autora Colleen Houck mostrou mais uma vez que consegue ser cativante, ao mesmo tempo em que me deixa maravilhada com todos os detalhes que ela consegue inserir na história sem que essa se torne cansativa. Em A Promessa do Tigre, tive a oportunidade de rever personagens que me são muito queridos, como o senhor Kadam (), e também conhecer melhor alguns personagens que só foram citados nos livros anteriores.

Confesso que a principio eu estava com um pouco de medo da Yesubai ser uma “versão passada” da Kelsey, mas após ler poucas páginas, para a minha felicidade percebi que elas eram diferentes. Com isso toda a visão que eu tinha criado da Yesubai se desfez e de verdade ao final, fiquei muito triste por tudo o que aconteceu e deixou de acontecer na vida dela (...).  Talvez essa tenha sido a intenção da autora ao escrever esse conto. Mostrar ao s fãs da saga que assim como aconteceu ao final de O Destino do Tigre, nem tudo no mundo da Saga do Tigre, - é o que parece ser.

“Quando enfrentam as provações da vida com coragem, todos encontram seu destino".

A Promessa do Tigre foi uma leitura rápida que me deixou com mais saudades ainda dos personagens que aprendi a amar e a odiar com a mesma intensidade. Para os fãs da série é uma leitura obrigatória, enquanto para os que ainda não conhecessem o mundo mágico criado por Colleen Houck, funciona bem com uma história introdutória. Fica a dica!

Veja também:

A Maldição do Tigre.
O Resgate do Tigre.
A Viagem do Tigre.
O Destino do Tigre.

dezembro 28, 2013

Retrospectiva Literária 2013




Olá leitores! Tudo bem como vocês?

Como já virou tradição no blog há quatro anos, hoje vou fazer a minha Retrospectiva Literária.

Para quem não sabe a Retrospectiva Literária, é promovida pela Angélica do blog Pensamento Tangencial e quem quiser participar ainda dá tempo heim =D

Quando analiso as minhas leituras de 2013, percebo que apesar de ter lido uma quantidade maior de livros em relação aos anos anteriores, foi um ano em que a qualidade das minhas leituras deixou muito a desejar.  Li poucos livros que mereceram uma “menção honrosa” e de serem marcados como meus favoritos esse ano.  Uma pena realmente (...).

Então, sem mais divagações vamos ao que interessa. A minha Retrospectiva Literária 2013!


1 O romance que me fez suspirar:
- Eu não li muitos romances que me fizeram suspirar esse ano. Mas acho que é por que eu não estava em um clima muito romântico em 2013, porém se é para escolher um livro fico com, Anna e o Beijo Frances da Stephanie Perkins que é super fofinho e que achei uma gracinha mesmo.

2 A saga que me conquistou:
- Tentei fugir um pouco de sagas esse ano, embora elas continuassem a me perseguir rs... Tem cinco sagas que me conquistaram esse ano, porém uma eu comecei a ler ano passado (...), será que vale? Acho que vale, até por que ela não pode ficar de fora dessa retrospectiva. As sagas que me conquistaram foram ... A Trilogia do Mago Negro da Trudi Canavan , Trilogia A Seleção da Kiera Cass, Saga A Queda dos Reinos da Morgan Rhodes, Série O Protetorado da Sombrinha da Gail Carriger e a Saga Instrumentos Mortais da Cassandra Clare.

3 O livro que me fez refletir:
- Essa é difícil por que li três livros realmente muito bons e que me fizeram refletir muito durante e após a sua leitura. Mas, por todas as emoções que esse livro em especial me fez sentir no final, meu voto vai para Passarinha da Kathryn Erskine.

4 O livro que me fez rir:
- Li alguns livros divertidos esse ano, mas o que me fez dar ótimas gargalhadas foi Cadê Você Benadette? da Maria Semple. Recomendo heim!

5 O livro que me fez chorar:
- Tudo bem que chorei bastante em  Passarinha e Extraordinário, mas de verdade o livro que me fez chorar desesperadamente esse ano foi O Destino do Tigre da Colleen Houck. Chorei dois capítulos seguidos, ao ponto de quase passar mal de tanto chorar. E sim, eu continuo de “birra” com a autora por causa disso.

6 O melhor livro de fantasia:
- Jura que vocês ainda tinham duvida qual seria a minha resposta? O Lord Supremo da Trudi Canavan ♥♥♥♥♥. Muito amor por um livro só minha gente!

7O livro que me decepcionou:

- Primeira pergunta fácil de responder rs... sem dúvidas Um Dia do David Nicholls. Esperava muito mais do livro.

8 O livro que me surpreendeu:
- Eu não tive lá grandes surpresas esse ano, mas um livro que me surpreendeu e se tornou meu xodozinho foi Química Perfeita da Simone Elkeles. Muito !

9 O(a) personagem do ano:
- Lord Akkarin da Trilogia do Mago Negro. (Ok! Estou muito fangirl admito).

10 A frase que não saiu da minha cabeça:
 “Toda pessoa deveria ser aplaudida de pé pelo menos uma vez na vida, porque todos nós vencemos o mundo.”
Extraordinário (R.J Palácio).

11 O casal perfeito:
- Na verdade se eu fosse falar o meu casal perfeito de 2013, ia dar um spoiler gigante aqui no post e vocês iriam ficar muito bravos comigo. Por isso o posto vai ficar com o meu segundo casal favorito que é ... Phaedra Blair e Elliot Rothwell de Lições do Desejo da Madeline Hunter.

12 O (a) autor (a) revelação:
- Confesso que essa está sendo a ultima questão que estou respondendo, por que foi difícil pensar em um autor ou autora em especial, já que 2013 não foi um ano de “grandes” leituras.  Mas uma autora que merece destaque é a Gail Carriger da série O Protetorado da Sombrinha. Gosto muito da forma como ela desenvolve a narrativa e, para quem ainda não conhece, vale a pena dar uma conferida.

13 O melhor livro nacional:
- Li apenas dois livros nacionais esse ano (shame), mas um livro que não pode ficar de fora da minha retrospectiva é o lindíssimo Quero ser Beth Levitt da Samanta Holtz.

14
O melhor livro que li em 2013:
- Momento suspense ... O melhor livro de 2013 foi: Um Hotel na Esquina do Tempo do Jamie Ford. Simplesmente perfeito! Sem mais comentários

15Li em 2013:
- Até o momento li 66 livros, mas como estou de férias acho que devo ler um ou dois livros ainda.

16 A minha meta literária para 2014 é:

- Para 2014, não estou estipulando muitas metas de leitura em razão de outras prioridades que tenho e que talvez vão me limitar um pouco o tempo disponível para os livros. Também pretendo fazer releituras, para matar a saudade de alguns personagens, por isso vou deixar a quantidade de livros que pretendo ler em 2014, não definida ainda. Até por que esse ano foi à prova que quantidade, não é qualidade (...).

É isso leitores. Espero que vocês tenham gostado da minha Retrospectiva Literária 2013 e que também se anime em fazer a de vocês também. Afinal, esse tipo de balanço é super importante para que a gente consiga avaliar o grau de amadurecimento das nossas leituras e focar nos livros que realmente tem mais chances de fazer nossos coraçõezinhos literários felizes.

Beijos e até o próximo e ultimo post (...)












do Ano!

outubro 02, 2013

Café Literário – Benditos Triângulos Amorosos



Oie leitores!  Tudo bem com vocês?

Hoje em nosso Café Literário vou abrir meu coração sobre um assunto que há muito tempo vem me incomodando nos livros em gerais, - os Benditos Triângulos Amorosos.

Tudo bem que eles não são uma grande novidade, afinal eles sempre existiram e vão existir em filmes, séries, novelas e nos livros também. O problema é que de um tempo para cá parece que ele se tornou requisito obrigatório principalmente nas séries literárias. E cá entre nós, isso já está começando há ficar um pouco sem graça.

Se o autor quer usar esse tipo “artifício” para deixar a narrativa mais emocionante tudo bem (...), porém será que não dá para ser um pouquinho mais original? É sempre a mesma fórmula: Garota chata e sem graça sendo disputada, pelo bad boy bonitão sedutor e pelo “príncipe encantado”, lindo e bonzinho.  E o pior de tudo, na maioria das vezes é tão óbvio com quem ela vai ficar no final, que de verdade nunca entendo o motivo de tanto drama.

Não sei quanto a vocês, mas eu sinceramente fico muito irritada com essas indecisões amorosas literárias, até por que eu acho impossível alguém ser apaixonado por duas pessoas ao mesmo tempo.  Você ficar confuso, sem saber o que sente e como se sente é uma coisa, mas a mensagem que os livros vêm passando ultimamente, é que é normal você “ficar” com uma pessoa hoje e com outra amanhã, afinal você ama as duas e ainda não sabe qual delas ama mais. Em minha humilde opinião isso tem outro nome, mas (...).

Como não quero entrar no mérito “filosófico” e ético da questão, selecionei alguns dos triângulos amorosos mais famosos de todos os tempos.

Vamos conferir?


Saga Twilght: Venhamos e convenhamos que depois que Sthepanie Meyer, surgiu com: Edward, Bella e Jacob, os triângulos amorosos de proliferaram de forma assustadora na literatura jovem. Particularmente, eu nem chego a considerar esse caso em especial um “triângulo amoroso”, pois estava bem na cara que o grande problema, se é que tinha algum problema era que o Jacob não se mancava mesmo.

Trilogia Jogos Vorazes: Nesse caso, ele pode até não ser o foco da história (graças a Deus), mas que ele existe, ali na espreita só esperando uma oportunidade para “atazanar” a nossa vida de leitor, ele existe. Principalmente quando levamos em conta o tão “famoso” marketing. Mas quando o assunto é Peeta, Katniss e Gale eu prefiro me focar mais nos jogos do que no “romance” em si.

Trilogia A Seleção: Definitivamente é muito difícil entender a America. Uma hora está perdidamente apaixonada pelo Aspen e do nada está apaixonada pelo Maxon também. E o mais engraçado é que nesse caso, muitas vezes a America espera atitudes do Maxon, que ela mesma não tem. Vá se entender (...).

Trilogia Estilhaça-me: Adam, Juliette e Warner, como não ficar a beira de um ataque de nervos com esses três. Ok! O Warner não é tão chato assim, na verdade ele é o que realmente “salva” a história (quem já leu Liberta-me vai entender).Juliette a “rainha do drama” é a mais “atiradinha” de nossa lista de hoje. Enquanto o Adam faz o tipo tão “bom moço” que chega a ser chato. O fato é que não quero que a Juliette fique com o Warner, mas em meu ponto de vista ela também não merece o Adam.

Saga do Tigre: De todos os triângulos amorosos com que me deparei nessa minha vida literária, nenhum conseguiu ser tão insuportável quando a história de Ren, Kelsey e Kishan. Teve momentos que eu cheguei a chorar de raiva, da situação no mínimo ridícula em que a autora colocava os protagonistas. Claro que a Kelsey não teve o final que merecida, segundo a minha opinião, só que fazer o que (...). A Saga do Tigre não passa de mais um caso clássico de história que você já sabe com quem a mocinha vai terminar e que ficar revoltado é apenas uma enorme perda de tempo, que infelizmente é inevitável.

Sei que na minha listinha está faltando outros triângulos amorosos famosos, porém selecionei só os que eu tenho “conhecimento de causa”, ou seja, já li senão todos, mas a grande maioria livros.

E vocês, também andam cansados desse clichê um tanto forçado? Tem algum triângulo amoroso que na opinião de vocês é tão chato e bobo, que não deveria existir? Abra seu coração, e comente.

Agora se você é fã dos triângulos amorosos, não deixe também de comentar o porquê você acha eles tão legais assim. Afinal, sempre tem um que pode surpreender não é mesmo?

Até o próximo post leitores!

Beijos;***




imagem: Tumblr

abril 21, 2013

O Destino do Tigre por Colleen Houck


ISBN: 9788580411386
Editora: Arqueiro
Ano: 2013
Número de páginas: 393
Classificação: 4/5 estrelas
Onde comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços



Sinopse: Com três profecias da deusa Durga solucionadas, agora resta apenas uma no caminho de Kelsey, Ren e Kishan para que a maldição seja quebrada. Mas o maior desafio do trio os aguarda: A busca pelo último presente de Durga – A corda de fogo – na Ilha Barren situadas na Baía de Bengala. Uma busca que ameaçará suas vidas. É uma corrida contra o tempo e o malvado feiticeiro Lokesh – neste ansiosamente aguardado quarto livro da série A Maldição do Tigre – colocará o bem contra o mal, testará laços de amor e lealdade, e, finalmente, revelará o verdadeiro destino do Tigre, de uma vez por todas.


A Maldição do Tigre | O Resgate de Tigre | A Viagem do Tigre

ATENÇÃO: Se você ainda não leu os livros da série pule do primeiro para o penúltimo parágrafo. Risco de spoiler.

Mesmo terminando a leitura de A Viagem do Tigre um pouco decepcionada com o rumo que a autora estava dando para a história, a minha curiosidade e principalmente meu carinho por alguns personagens falou mais alto, o que me levou a ler imediatamente O Destino do Tigre assim que ele chegou a minha casa.  Não vou dizer que o livro é perfeito, mas de certa forma, Colleen Houck conseguiu dar um bom desfecho a história que ela se propôs a escrever. E o melhor de tudo, superou as minhas expectativas.

Em O Destino do Tigre Ren, Kelsey e Kishan partem em busca do ultimo presente da deusa Durga para cumprir a profecia e quebrar a maldição do tigre derrotando de uma vez por todas o terrível feiticeiro Lokesh. A princípio essa busca prometia ser cheia de ação e aventura, porém após um encontro emocionante com a Fênix a narrativa cai em uma mesmice tão sem pé e sem cabeça que fez dessa etapa final a mais sem graça de todos os livros da série. Tudo bem que todos os autores recorrem à famosa e já nossa conhecida “licença poética” em suas obras, só que assim, a tia Colleen Houck forçou um pouquinho a barra juntando diversas mitologias em um livro só. Ficou tudo meio sem sentindo, confuso, chato e até um pouco bobo em determinados momentos. Triste, mas é verdade.

Por outro lado, não me irritei tanto com a Kelsey e o insuportável triângulo amoroso existente na história.  Eu ainda não aceito as atitudes da Kelsey e em minha opinião ela será por algum tempo a protagonista mais detestável do mundo literário. Bem, verdade seja dita que queria que ela sumisse, porém como isso é óbvio que não acontece à explicação dada para o complexo de inferioridade dela foi “aceitável”. Assim eu continuo não concordando com muitas atitudes tomadas por ela ao decorrer de toda a saga, mas pelo menos consegui entender melhor algumas delas. 

Ren e Kishan não mudaram muito do terceiro livro para cá. Talvez eu até tenha que admitir que, o que vi como mudança de temperamento no terceiro livro, aqui se demonstrou mais como um amadurecimento dos personagens. Ren, por exemplo, apesar de todo o amor que sente pela Kelsey se mostra mais focado em acabar com a maldição, ao mesmo tempo em que o Kishan faz por merecer o seu tão sonhado final feliz. Acredito que de todos os personagens da Saga do Tigre, Kishan foi o que mais evolui durante os livros.

Outro personagem que me surpreendeu bastante foi o Phet, - sim aquele senhor simpático que vive na floresta. Phet não apenas desempenhou um papel de extrema importância no decorrer de todo o enredo, algo que infelizmente só percebi no final, como também se revela uma peça chave no momento mais decisivo. Para quem ao longo de todos os livros formulou milhares de teorias minha dica é esquecer todas elas, por que nada é o que parece ser. Não digo que algumas coisas não soaram exageradas, principalmente a transformação do Lokesh e o fato da Colleen querer transformar a Kelsey em uma “mini" Durga, porém apesar dos pesares a batalha final foi surpreendente, assustadora, emocionante e sofrível.

Agora vem o ponto critico da resenha (...) muitas vezes na vida só damos valor as pessoas e determinadas coisas quando a perdermos. Eu já estava preparada para uma perda em especial, só que quando ela aconteceu foi dolorosa demais, sofrida demais, injusta demais. Foi como se eu tivesse perdido alguém da minha família. Foram dois longos capítulos em que lágrimas corriam livremente dos meus olhos. Não foi justo, embora necessário. E quando eu pensei que não tinha mais motivos para chorar, Kishan vem e me emociona com uma atitude tão nobre que me levou as lágrimas mais uma vez. Mesmo que eu não tenha “perdido” ele, dizer adeus da forma com que tudo aconteceu foi difícil (...) muito difícil.

Sim leitores, eu chorei muito durante a leitura desse livro. E quando eu falo muito, é muito mesmo, pois por mais absurda que algumas situações criadas pela Colleen Houck possam ter parecido no decorrer dos quatro livros, ela consegui dar um final digno aos personagens, embora eu NUNCA vá concordar com um em especial.  Ela fechou muito bem a história, respondendo até de uma maneira bastante surpreendente todas as respostas que pairavam no ar desde o primeiro livro.

Eu amei, odiei, amei de novo cada capítulo desse livro e posso garantir para vocês que meu coração está apertado por dizer adeus a personagens que me fizeram ama-lós e detesta-lós com a mesma intensidade. Ren, Kelsey e Kishan tiveram o seu final feliz, e isso fez tudo valer apena.

abril 18, 2013

Lançamentos – Abril

Lançamentos – Abril.

Olá leitores do My Dear Library! Tudo bem com vocês?

O post de hoje com certeza é um dos mais esperados por nós durante o mês, - o post de lançamentos! E para a nossa felicidade as editoras estão arrasando nos lançamentos de abril.

Para quem assim como essa que vos escreve estava na ansiedade pelas sequências, da Saga do Tigre e Estilhaça-me esse mês pode comemorar, pois as duas estão sendo lançadas. Aqui em primeira mão só para vocês (semana que vem já tem resenha de O Destino do Tigre aqui no blog), mas é segredo heim. =D

Outros lançamentos que estão sendo bastante aguardados também são: A Elite, segundo livro da série “The Selection” da autora Kiera Cass, lançado pela Editora Seguinte, Príncipe Mecânico sequência da série “Peças Infernais” da Cassandre Clare, lançando pela Galera Record  e Insurgente da autora  Veronica Roth sequência de “Divergente”, lançado pela Editora Rocco.

Para quem é fã de romances históricos a Editora Arqueiro traz três lançamentos esse mês. (Dando pulinhos aqui). Ainda tem lançamento para quem gosta de aventura, suspense, romance mais picante, infanto-juvenil (...) mas chega de blá, blá, blá não é gente e vamos ao que interessa.

Confiram os lançamentos literários de abril! E não se esqueçam de deixar nos comentários qual lançamento já está na sua wishlist.

Beijos e até o próximo post!
;***

fevereiro 17, 2013

A Viagem do Tigre por Colleen Houck



ISBN: 9788580411133
Editora: Arqueiro
Ano: 2012
Número de páginas: 496
Classificação: 3/5 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços

Sinopse: Saga do Tigre – Livro 3.

Perigo. Desolação. Escolhas.

A eternidade é tempo demais para esperar pelo verdadeiro amor? Em sua terceira busca, a jovem Kelsey Hayes e seus tigres precisam vencer desafios incríveis propostos por cinco dragões míticos. O elemento comum é a água, e o cenário de mar aberto obriga Kelsey a enfrentar seus piores temores. Dessa vez, sua missão é encontrar o Colar de Pérolas Negras de Durga e tentar libertar seu amado Ren tanto da maldição do tigre quanto de sua repentina amnésia. No entanto o irmão dele, Kishan, tem outros planos, e os dois competem por sua afeição, além de afastarem aqueles que planejam frustrar seus objetivos. Em A viagem do Tigre, terceiro volume da série A Saga do Tigre, Kelsey, Ren e Kishan retomam a jornada em direção ao seu verdadeiro destino numa história com muito suspense, criaturas encantadas, corações partidos e ação de primeira.

Resenhas: A Maldição do Tigre e O Resgate do Tigre.


Bem, nem sei como começar essa resenha. Não posso nem afirmar que, “a decepção me define”, por que não estou de fato decepcionada, na verdade eu já estava preparada para todos os pontos que me levaram a ter um quase colapso nervoso durante a leitura. A Viagem do Tigre é um livro bom. Não minto; ele é ótimo, mas infelizmente a história foi tão enrolada e cheia de drama a lá novela mexicana, que às vezes eu tinha a vontade de gritar com a autora por ela estar estragando uma das minhas séries favoritas.

O que sinto agora é uma imensa confusão de sentimentos e me levam a fazer a seguinte
pergunta à autora Colleen Houck: O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? Explica-me, por favor, qual é o sentindo em mudar tão drasticamente a personalidade dos protagonistas Ren e Kishan. Sinceramente eles me pareceram dois completos estranhos nesse livro, sem mencionar as constantes e exageradas declarações de amor que ambos fazem praticamente o livro todo para Kelsey. Aliás, eu ainda vou entender por que “quase” todos os homens do livro se apaixonam por ela, mas prefiro nem comentar o absurdo disso.

Já que citei a minha personagem favorita (só que não), ela consegue se superar a cada livro. Tudo bem que ela conseguiu despertar um pouco a minha compaixão. E quando eu digo um pouco é muito pouco mesmo.  Até cheguei a ficar com pena dela, só que as inseguranças da Kelsey em relação com qual dos “seus tigres” ela deve ficar é algo que dá nos nervos de qualquer pessoa. Basta um olhar, ou um simples toque do Ren para ela se derreter e declarar o quando o ama. Porém, quando você pensa pronto ela já se decidiu, ela resolve ficar com o Kishan por que é mais “seguro”.  Para tudo! Como assim queridinha você escolhe alguém por que é mais seguro?

Acho que faltou alguém explicar para a Kelsey que nenhum relacionamento é seguro, que o mesmo risco que você tem de se machucar com um você tem com o outro. E infelizmente praticamente durante o livro todo você convive com esse insuportável e forçado triângulo amoroso.  O mais irritante nessa situação é todo mundo sabe como esses triângulos acabam, então acho que os autores poupariam muito do seu tempo se parassem de colocar essa chatice nas histórias. Pronto falei!

Claro que a Viagem do Tigre tem a parte boa, e essa mais uma vez se dá por conta da busca para quebrar a terceira parte da profecia da deusa Durga. Esse livro em questão me despertou uma curiosidade a mais em relação aos outros por conta dos dragões. De todos os animais místicos eles são os meus favoritos, principalmente os chineses por que os acho “fofinhos”. Eu sei que é estranho alguém achar dragões fofinhos e talvez essa não seja uma definição que combine muito com eles, mas essa sou eu então já sabem. Só que mesmo os dragões ficaram um pouco ofuscados por causa do bendito triângulo amoroso.

Porém, mesmo com uma participação ”pequena” teve dois dragões que se tornaram os meus favoritos, o Jïnsèlóng, o Dragão Dourado que foi o responsável por boas gargalhadas, o Yínbáilóng que é o Dragão de Gelo o mais velho e sensato dos irmãos dragões. Todos os dragões têm umas particularidades bem legais, o que garantiu uma boa dose de ação, aventura e mistério ao enredo.

Colleen Houck escreve maravilhosamente bem. Ela é o tipo de autora que envolve o leitor de uma forma na narrativa que mesmo que você esteja com muita raiva do que está acontecendo na história, é simplesmente impossível parar de ler. Eu mesma fui dormi às quatro da manhã por que não conseguia largar o livro. A Viagem do Tigre tem suas falhas, é enrolado e deixa qualquer pessoa irritada com a indecisão da Kelsey; sim ele tem tudo isso, só que o plano de fundo que autora criou para história é tão bom que compensa isso.  Não totalmente é claro, mas ameniza essas falhas por assim dizer.

Apesar de A Viagem do Tigre ter ficado um pouco abaixo dos livros anteriores, eu gostei dele como um todo. Acredito que a Colleen soube dar uma continuidade consistente a saga, deixando muitas questões pairando no ar. O final me deixou bastante curiosa para ler o próximo livro, na verdade confesso que estou muito ansiosa pelo O Destino do Tigre. Mesmo sabendo que até o gran finale, eu ainda vou me irritar muito. Eu só espero que a Colleen de um final lindo para o meu personagem favorito o Senhor Kadam, por que senão serei forçada a mandar um e-mail nada educado para ela. Senhor Kadam é muito amor

A Viagem do Tigre pode não ser um livro perfeito, mas cumpre bem o papel de deixar os fãs da saga curiosos para saber o que o descarado do Lokesh está aprontando e principalmente como será o final da Maldição do Tigre. É um livro muito bom desde que você não crie muitas expectativas.


dezembro 23, 2012

Post Extra - Retrospectiva Literária 2012.

Post Extra - Retrospectiva Literária 2012.

Olá leitores, tudo bem?

Pois é mais um ano terminando e não sei quanto a vocês, mas eu tenho a sensação que o ano voou.

Hoje o post é super especial, afinal o My Dear Library está participando pelo terceiro ano seguido da Retrospectiva Literária, promovida pela queridíssima Angélica do blog Pensamento Tangencial.

Ao contrário do ano passado, todos os livros que vou citar foram resenhados aqui no blog, por esse motivo eu vou deixar o link das resenhas para vocês darem uma conferida. Outra mudança em relação à retrospectiva do ano passado é que neste post vou falar apenas dos livros. Pretendo criar um post especial, assim como esse para a minha #naplaylist 2012, por isso fiquem de olho.

Agora sem mais blá,blá, blá vamos a Retrospectiva Literária do My Dear Library 2012. o/


Retrospectiva Literária 2012.

1• O romance que me fez suspirar:
Não foram muito os romances que me fizeram suspirar esse ano, mas com certeza o que se tornou inesquecível é o: Dois Pesos e Duas Medidas da Judith McNaught.

2• A saga que me conquistou:
Mesmo não gostando de jeito nenhum da protagonista, a Saga do Tigre de Colleen Houck definitivamente conquistou meu coração.

3• O livro que me fez refletir:
Aqui não é bem um livro e sim uma série ... hum será que vale? Bem os dois livros da série Walk, O Encontro e O Caminho de Richard Paul Evans me fizeram refletir bastante.

4• O livro que me fez rir:
Confesso que não li muitos livros engraçados esse ano, porém me divertir muito com as confusões de Hannah Swensen em O Mistério do Chocolate de Joanne Fluke.

5• O livro que me fez chorar:
Essa é fácil, A Culpa é das Estrelas de John Green.

6• O melhor livro de fantasia:
Essa também é fácil rs... Fios de Prata do autor brasileiro Raphael Draccon.

7• O livro que me decepcionou:
Sem dúvidas Belo Desastre da Jamie Mcguire. Eu esperava muito, mais muito mais desse livro.

8• O livro que me surpreendeu:
Livro que me surpreendeu ... essa é um pouco mais difícil, pois li tanto livros bons. Acredito que por ter me emocionado muito no final seja O Pássaro da Samanta Holtz.

9• A frase que não saiu da minha cabeça:
 “Planejamos nossas vidas em longos e ininterruptos períodos que cruzam com nossos sonhos, da mesma forma que as rodovias conectam os pontos de uma cidade num mapa rodoviário. Mas, no final, aprendemos que a vida é vivida nas ruas paralelas, nos becos e desvios.”
O Caminho.

10• O casal perfeito:
Por tudo que passaram até chegar ao seu “feliz para sempre”, Angel e Michael do livro Amor de Redenção da Francine River.

11• O (a) autor (a) revelação:
Posso colocar duas rs... ? Em minha opinião as duas autoras revelações de 2012 para mim são Graciela Mayrink e Samanta Holtz.

12• O melhor livro nacional:
Li tantos livros nacionais bons, mas Até eu te Encontrar da Graciela Mayrink é muito amor

13• O melhor livro que li em 2012:
Eu podia fazer uma listinha com cinco livros aqui, mas depois de muito pensar acredito que esse título não poderia ser de outro livro do que de: Amor de Redenção da Francine River. Ele é simplesmente um dos melhores livros que li na minha vida.

14• Li em 2012:
Até agora li 45, mas até o dia 31 eu não vou conseguir alcançar minha meta que era de 50 livros em 2012. (Os trabalhos da minha pós-graduação tomaram bastante o meu tempo esse ano).=/

15• A minha meta literária para 2013 é:
Bem eu já tenho 12 livros pré-definidos da #TAG 12 livros para 2013, mas já que esse ano,  pelo motivo citado acima e não consegui atingir 50 livros, acho que vou arriscar e estipular a mesma meta para o ano que vêm. Claro que espero ler um pouquinho mais, porém 50 livros para começar estão ótimos.

Espero que tenham gostado da minha Retrospectiva Literária 2012, e que assim como eu, vocês tenham lido bons livros este ano.

Até o próximo post!



Beijos e um Feliz Natal!
;***



dezembro 02, 2012

O Resgate do Tigre por Colleen Houck




ISBN: 9788580410617
Editora: Arqueiro
Ano: 2012
Número de páginas: 432
• Classificação: 4 estrelas
Onde Comprar: FNAC, Livraria Cultura, Livraria Saraiva, Livraria da Travessa, Submarino - Compare os Preços
Sinopse: A Saga do Tigre - Livro II
Kelsey Hayes nunca imaginou que seus 18 anos lhe reservassem experiências tão loucas. Além de lutar contra macacos d'água imortais e se embrenhar pelas selvas indianas, ela se apaixonou por Ren, um príncipe indiano amaldiçoado que já viveu 300 anos. Agora que ameaças terríveis obrigam Kelsey a encarar uma nova busca – dessa vez com Kishan, o irmão bad boy de Ren –, a dupla improvável começa a questionar seu destino. A vida de Ren está por um fio, assim como a verdade no coração de Kelsey. Em O Resgate do Tigre, a aguardada sequência de A Maldição do Tigre, os três personagens dão mais um passo para quebrar a antiga profecia que os une. Com o dobro de ação, aventura e romance, este livro oferece a seus leitores uma experiência arrebatadora da primeira à última página.

Resenha: A Maldição do Tigre.


Mesmo estando super curiosa para ler O Regaste do Tigre admito que, eu estava com um pouco de medo também. Calma gente eu explico. Meu maior medo era que o livro sofresse da “terrível maldição do segundo livro”, claro que ela tentou colocar as “garrinhas“ de fora aqui também, mas para minha felicidade a autora Colleen Houck conseguir manter o mesmo ritmo e nível que me fizeram gostar do primeiro livro da saga.

Mas, Ane o que você quis dizer como ela “tentou” colocar as garrinhas de fora? Bem, nem tudo são flores na literatura e infelizmente eu senti que a Colleen Houck deu umas derrapadas na história, nada que você vá falar: “Nossa que viagem!”, porém faz você ter certo receio do que vai vir por ai. Receio esse que eu não tenho em relação à história em si, mas em relação aos personagens.

Terminei A Maldição do Tigre com muita, mais muita raiva da Kelsey mesmo. Raiva essa que confesso não passou neste segundo livro ao contrário só aumentou, e de verdade acho muito bem feito tudo o que aconteceu a ela neste segundo livro. Não que eu goste de ver alguém sofrer longe disso, só que por Deus ela é muito irritante! No final do primeiro livro ela age como uma egoísta e idiota completa, e para que? Para passar os primeiros capítulos do segundo livro se lamentando toda arrependida da burrada que fez, abraçada em um tigre de “pelúcia” branco. E só isso não basta, ela ainda tem que tentar se “relacionar” com outros rapazes para esquecer o Ren.  Para tudo! Eu lia, lia e lia e me perguntava: “O que você tem na cabeça garota?”, juro que às vezes me dava vontade de dar umas tapas nela.

Quando Ren (pausa para o suspiro) aparece em pleno Natal em Oregon a história começa a dar uma melhorada, já que ela deixa de ser tão centralizada na Kelsey. A partir da chegada e Ren a narrativa começa a ser mais divertida e solta, com alguns toques sutis de romance. Só que eu tenho que ser sincera, o livro realmente começou a ganhar “vida” quando Kishan entrou na história. É meio obvio que pelo fato da capa do livro ser um tigre negro que desta vez o enredo ia ser mais focado nele, mas ao mesmo tempo em que me surpreendi com o Kishan durante a leitura, quanto mais perto eu chegava do final eu percebia que a autora ir estragar com “quase” tudo.

Deixe-me explicar; Eu gostei muito do livro, achei que ele não deixa quase nada a desejar para o primeiro, mas (olha o meu “mas” aqui de novo) a Colleen andou lendo muito Twilight gente. A receita é igualzinha: MENINA CHATA E SEM GRAÇA + HOMEM PERFEITO E MUITO RICO = SE APAIXONAM PERDIDAMENTE + O HOMEM PERFEITO DESAPARECE + DEIXANDO MENINA CHATA E SEM GRAÇA SÓ E DESESPERADA + SURGI OUTRO HOMEM PERFEITO (MAIS SAIDINHO) / O CORAÇÃO DA MENINA = MAIS UM TRIANGULO AMOROSO CRIADO SEM NENHUMA NECESSIDADE. De verdade me chateou muito a autora ter se focado mais na sua tentativa frustrada de criar um mega romance, do que nos mitos e histórias da Índia.

Sim teve a busca pela segunda relíquia para quebrar a maldição e o começo disso estava sendo até promissor. Sou completamente apaixonada pela filosofia budista e quando percebi que a narrativa seguia rumo ao Nepal meus olhos brilharam.  Amei muito a parte que o monge budista, mas conhecido O Mestre do Oceano aparece. Gente eu podia sentir a paz que ele transmitia e cada palavra, cada conselho era como um balsámo para minha alma. Sério em minha opinião esse foi um dos pontos mais altos do livro.

A minha empolgação aumentou ainda mais quando li uma palavra mágica, “Shangri-la”. Pronto eu pensei; esse livro vai ser divino, maravilhoso, perfeito! Colleen tinha conquistado meu coração pelo meu ponto fraco: Minha paixão por civilizações antigas e perdidas, só que quando Kelsey e Kishan chegam a Shangri-la é tudo tão decepcionante. Teve lá umas partes legais como a quando eles encontraram o Fauno e a floresta dos Silvianos. Até a prova das quatro casas pela qual eles tinham que passar para encontrar a segunda relíquia foi um pouco fraca, pois ao invés do foco ser a busca a autora se preocupou mais em mostrar Kishan dando em cima de Kelsey, que por sua vez não sabia de retribuía e quando retribuía se sentia culpada por que ama o Ren. Já deu para perceber a confusão não é?

O Sr. Kadam continua me conquistando com a sua sabedoria e tranquilidade. Gostaria que ele aparecesse mais no livro, por que para mim ele é mais do que um personagem coadjuvante. Sem sombra de dúvidas ele é o que une todos e mantém o clima harmonizo. Sei que já disse isso antes como sei que vou repetir isso sempre; O Sr. Kadam é o avô que todo mundo queria ter.

O clímax da história ficou por conta do resgate de Ren e a primeira grande luta entre Kelsey e o “senhor todo poderoso do mal” Lokesh. Sim ele é mal mesmo, do tipo que eu teria medinho. Porém ao contrário da Kelsey eu ia escolher outra hora para demonstrar esse medo e não na hora da batalha. Tipo você sabe que o cara é do mal e que está querendo te matar, você está indo de encontro com ele, ou você deixa o medo em casa e se joga ou fica em casa chorando. No meio da batalha não é hora de você ficar divagando Kelsey! Leitores em minha humilde opinião ela não merece nem o Ren e nem o Kishan. (Momento desabafo).

O Resgate do Tigre mantém o ritmo viciante de A Maldição do Tigre, com ótimas descrições que fazem você literalmente se sentir no lugar narrado e uma história que tem uma base bem construída, além de que ficou bem visível a evolução da escrita da autora. Tirando o Déjà vi a lá Twilight que senti em algumas partes e o forte pressentimento que até o final da saga sofrerei muito com a minha gastrite por causa da Kelsey eu adorei o livro.

Deve ser meu fraco por felinos, ou meu amor pelas culturas orientais, ou a minha curiosidade por lendas antigas, ou até a minha “invejinha branca” da tranquildade do Sr. Kadam, mas a Saga do Tigre é uma das melhores que já li. Pode não ser perfeita, e eu admito isso, porém eu gosto tanto!

Que venha A Viagem do Tigre! Eu estou super, super ansiosa para ler!



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